Ministra diz que exposição do Fundo da Segurança Social à queda do Credit Suisse é “ínfima”

Ana Mendes Godinho defendeu que há sempre uma gestão “muito prudente” por parte da entidade gestora do Fundo de Estabilização.

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Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho e da Segurança Social LUSA/TIAGO PETINGA

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social garantiu esta sexta-feira que a exposição do Fundo de Estabilização Financeiro da Segurança Social à queda histórica em bolsa do Credit Suisse é “ínfima”.

“O que lhe garanto é que, de facto, a exposição é mínima ou ínfima (…) fruto de uma grande capacidade de diversificação das próprias aplicações. É isso que temos sempre de salvaguardar através do Fundo de Estabilização, que é exactamente a não dependência excessiva do mercado”, afirmou Ana Mendes Godinho à margem da Cimeira das Pessoas, no Porto.

A governante reagia assim a uma notícia da TVI/CNN, que adianta que a Segurança Social está a perder dinheiro com o Credit Suisse.

Ana Mendes Godinho reafirmou que a exposição é mínima relativamente a esta situação e que há sempre uma gestão “muito prudente” por parte da entidade gestora do Fundo de Estabilização, como "está previsto nas próprias regras, para garantir exactamente que não há riscos de exposição que ponham em causa o próprio fundo”, acrescentou.

A ministra salientou que ainda há pouco tempo se discutia por que não se arriscava mais, realçando que é “precisamente por uma lógica de prudência”.

As acções da instituição bancária Credit Suisse abriram hoje em alta na Bolsa de Zurique com uma subida de 2,8%, mas baixaram 1,2% em poucos minutos, relativamente aos valores de quinta-feira, tendo chegado a recuar 10% durante a sessão. Na quinta-feira tinha-se registado uma subida de 19% que, em parte, compensou a queda de 24% ocorrida na quarta-feira.

Hoje, os investidores continuam atentos à cotação do segundo maior banco da Suíça, uma das 20 maiores instituições bancárias da Europa, depois de o Banco Nacional da Arábia Saudita – o principal accionista da instituição helvética – ter anunciado que ia cessar os investimentos no Credit Suisse. Banco Nacional da Suíça decidiu entretanto prestar ajuda através de um empréstimo de 51 mil milhões de euros, contribuindo, desta forma, para a recuperação em bolsa do Credit Suisse.

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