Santos Silva nega ter organizado com Marcelo participação de Lula na sessão do 25 de Abril

O presidente da Assembleia da República respondia a uma questão de André Ventura, presidente do Chega.

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Augusto Santos Silva tinha dito que decisão sobre discurso caberia à conferência de líderes parlamentares ANTÓNIO COTRIM

Foi com um simples "não" que o presidente da Assembleia da República tentou encerrar a polémica sobre o convite ao Presidente Lula da Silva para discursar na sessão comemorativa do 25 de Abril. "A resposta é simples: não", afirmou Augusto Santos Silva quando questionado por André Ventura sobre se tinha organizado com Marcelo Rebelo de Sousa, "à revelia do Parlamento", a participação do Presidente brasileiro na sessão solene do 25 de Abril.

O assunto foi suscitado esta sexta-feira por André Ventura ainda antes do início da ordem do dia no plenário. O líder do Chega mostrou um jornal para questionar Augusto Santos Silva sobre se é verdade que "estaria há muito tempo a organizar a vinda do Presidente brasileiro a Portugal" com Marcelo Rebelo de Sousa.

"Gostava de saber, se o senhor presidente estiver disponível para dar essa explicação, se confirma que esteve em negociações com o Presidente da República para trazer o Presidente brasileiro a Portugal, para que ele pudesse participar na sessão do 25 de Abril e se o fez à revelia do Parlamento, ao qual preside, o que não nos parece muito ajustado", questionou André Ventura.

"A resposta é simples: não. Podemos entrar na ordem do dia? Muito bem..." respondeu Augusto Santos Silva sendo, pela primeira vez, directo sobre o seu envolvimento nesta questão. A sua resposta foi seguida por aplausos da bancada do PS.

Na quarta-feira, quando falou aos jornalistas, no Parlamento, no final da conferência de líderes em que o assunto foi discutido, o presidente da Assembleia da República tinha dado respostas ao lado a perguntas dos jornalistas sobre se estava ou não a par do convite de João Gomes Cravinho a Lula da Silva.

Apesar de anunciar que Inácio Lula da Silva terá uma sessão solene de boas-vindas dedicada na Assembleia da República, Santos Silva fugiu a responder se o Presidente brasileiro iria ou não participar, com uma intervenção, na sessão comemorativa do 25 de Abril.

Já o ministro João Gomes Cravinho, que fez o convite público a Lula da Silva quando esteve em Brasília há duas semanas, fora também interpelado (e criticado) por André Ventura e outros deputados da oposição sobre o mesmo assunto há uma semana no plenário, não dera qualquer resposta sobre o assunto.

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