O MiniMeu já não é mini (e abriu o Maria Luísa em Braga)

Cantinho, Maria Rosa, óMaria e Maria Luísa. Catarina Soares já abriu quatro restaurantes e prepara-se para inaugurar a segunda mercearia a granel com o nome da avó: Pureza.

PP - 29 DEZEMBRO 2022 - BRAGA  - ESPACO MARIA LUISA CONFEITARIA PROPRIETARIA CATARINA PROTAGONISTA
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Catarina Soares: "Queria um espaço pequenino só para mim" Paulo PImenta
PP - 29 DEZEMBRO 2022 - BRAGA  - ESPACO MARIA LUISA CONFEITARIA
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O espaço Maria Luísa, em Braga Paulo PImenta
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O espaço Maria Luísa, em Braga Paulo PImenta
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O espaço Maria Luísa, em Braga Paulo PImenta

MiniMeu. O nome conta o início de uma história, que começou por ser um sonho de infância e já soma vários capítulos de homenagens, de crepes, panquecas, de sumos e cocktails. "Queria um espaço pequenino só para mim. Por isso é que se chama MiniMeu", explica à Fugas Catarina Soares, à mesa do quarto restaurante do grupo — sim, MiniMeu espalhou-se pelo Norte e transformou-se num grupo — que abriu recentemente em Braga, onde está por dias a abertura da segunda mercearia deste projecto.

Catarina tem 33 anos e começou o negócio com 27, depois de um ano a trabalhar na sua área de formação (é licenciada em Biotecnologia e Mestre em Biotecnologia Alimentar pela Universidade de Aveiro), período em que sentiu que o seu lado empreendedor não estava feliz. "Sempre tive aqui uma veia", admite a jovem, que sempre gostou de fazer "bolos caseiros" e "comidinha" e que assim decidiu arregaçar as mangas.

Abriu o Cantinho, a primeira "loja" em 2016, em Arcos de Valdevez, vila onde um par de anos depois inaugurou uma mercearia inspirada na que a sua avó gerira durante toda a vida na aldeia de Crasto, Ponte da Barca, de onde Catarina é natural. "Era uma mercearia tipicamente de aldeia, das poucas que havia na região", recorda a neta, que por ali cresceu com os irmãos a brincar entre os sacos de leguminosas e de pão e as caixas "enormes" de bacalhau, atrás do balcão e a correr pela taberna onde se abasteciam e paravam os clientes e habitantes da aldeia. Em jeito de tributo, Catarina deu à sua mercearia o nome da avó, Pureza. E Pureza será o nome da segunda mercearia, que já está a ganhar forma no centro de Braga. A receita é a mesma, "granel enraizado", produtos "maioritariamente biológicos" e princípios activos de "sustentabilidade" e de "consumo consciente" — e venda online para todo o país.

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Catarina quer "que as pessoas entrem e que se sintam em casa" Paulo Pimenta

Em 2020, Ponte de Lima foi a casa escolhida para o segundo restaurante MiniMeu, Maria Rosa, em homenagem à mãe de Catarina ("para não haver ponta de ciúmes") e em Junho de 2022, nasceu o óMaria em Ponte da Barca (ao contrário dos restantes, este espaço está aberto ao jantar). "Já é uma gestão mais ou menos grandita", sorri Catarina, que faz questão de "ir a todos quase todos os dias". "Digo sempre 'nós' porque eu faço parte de uma grande equipa. Eu sou a responsável, a empresa é minha, mas sem eles não tinha chegado onde cheguei."

Desde a primeira loja que Catarina quer "que as pessoas entrem e que se sintam em casa, que sintam que os produtos são feitos com carinho e de uma forma manual". Esse é o ponto de contacto com todos os espaços MiniMeu, já com um restaurante em pleno funcionamento desde o dia 1 de Novembro. "Vi várias lojas em Braga e esta foi a última. O prédio estava em ruínas. Entrei e disse 'é esta!'" No salão de pé direito enorme estão distribuídos à volta de 40 lugares com vista para o balcão corrido que dá para a cozinha. É "tudo" confeccionado na casa excepto o pão — trazido pela Trigaria, com base em Viana do Castelo. "Damos muito valor a isso. Acho que isso se nota no produto final. Não queremos que os nossos espaços sejam industriais. Crescemos, mas quero manter essa familiaridade", sublinha à mesa do seu recém-estreado Maria Luísa — aberto de segunda a sábado, está pronto a servir um menu de brunch durante todo o dia e um menu de almoço entre as 12h as 16h —, desta vez um tributo à sobrinha Ana Luísa a quem "sempre" chamou Maria.

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O espaço Maria Luisa Paulo Pimenta

E o sexto espaço do grupo está para breve. A mercearia, que é o "bebé" de Catarina, vai chegar a Braga e vai manter o nome: Pureza. "Não é um conceito tão simples como os restaurantes, mas é um projecto em que acredito muito. Na Pureza é preciso consciencializar as pessoas. Dá mais trabalho", diz. Na Pureza, onde se dará preferência a produtos "a granel", "portugueses" e "zero waste", haverá frutos secos, especiarias, chás e infusões, farinhas e leguminosas.

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