FCT destina 1,25 milhões para projectos de cientistas que foram recentemente pais

As candidaturas para a primeira edição deste apoio aos investigadores abrem em Fevereiro do próximo ano e será financiado um máximo de 25 projectos.

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Programa Restart vai beneficiar 25 projectos de cientistas que tenham tido uma licença parental há menos de um ano Sebastião Moreira

A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) vai financiar, com 1,25 milhões de euros, projectos de investigação de cientistas que foram pais há menos de um ano, no âmbito da primeira edição do programa Restart.

O prazo de candidaturas decorre entre 15 de Fevereiro e 30 de Março, com os resultados provisórios do concurso a serem divulgados até 8 de Junho, refere esta terça-feira no seu site a FCT, que é a principal entidade, na dependência do Governo, que subsidia a investigação científica em Portugal.

O programa, que na sua primeira edição prevê "uma dotação orçamental de 1,25 milhões de euros", financiará até 25 projectos de investigação em todas as áreas com um montante até 50 mil euros cada. Os projectos terão a duração de ano e meio.

Ao Restart podem candidatar-se bolseiros ou investigadores doutorados que tenham beneficiado, há menos de um ano, de uma licença parental, incluindo por adopção, com uma duração igual ou superior a quatro meses.

Podem ainda candidatar-se cientistas que tenham tido uma licença parental partilhada, incluindo por adopção, com uma duração igual ou superior a 72 dias.

No caso dos bolseiros, as declarações de suspensão das actividades de investigação servem de prova, nomeadamente para os bolseiros não financiados directamente pela FCT. Não serão elegíveis candidaturas de investigadores responsáveis ou co-responsáveis por projectos em curso,​ e financiados pela FCT, à data de 1 de Setembro de 2023.

A avaliação das candidaturas será feita por peritos internacionais, a designar pela FCT, com base na "qualidade científica, no carácter inovador e na exequibilidade do plano de investigação proposto, no mérito do candidato e no impacto da execução do projecto no desenvolvimento da carreira do investigador".

O programa Restart, inscrito no Orçamento do Estado para 2023, "pretende promover a igualdade de género e de oportunidades nas actividades e carreiras de investigação e desenvolvimento, contribuindo para capacitar o regresso competitivo às actividades de investigação" de cientistas que "tenham gozado recentemente de uma licença parental, incluindo por adopção".

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