A leitura em Portugal. A vitória do provincianismo

Quem acredita que a digitalização é a panaceia para os nossos males estará desatento ou desconhece por completo o terreno em que milhares de professores trabalham. Os Exames Nacionais a serem realizados no digital são um péssimo sinal dado pelo Governo.

Santana Castilho, Vasco Graça Moura, Helena Buescu, Maria Alzira Seixo, Victor Manuel de Aguiar e Silva, Laborinho Lúcio, Elisa Costa Pinto, Lídia Jorge, Teolinda Gersão, Nuno Júdice, Paula Morão, entre tantos, tantos outros intervenientes do mundo do livro e da cultura, do ensino e da programação cultural - incluindo do mundo da edição ou da história do livro (Manuel Alberto Valente, Artur Anselmo, José Pinho, José Ribeiro) - manifestaram em diversas ocasiões justificadas reticências relativamente à revolução digital e ao que ela acarreta. Não têm faltado livros sobre o assunto, uns mais polémicos, outros tentando harmonizar os dois lados da contenda: o livro, ou, mais latamente, a cultura da escrita (ou uma certa ideia de leitura) e o digital e toda a profusão de dispositivos e aplicações que esse novo mundo possibilita.

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