João Oliveira, do algarvio Vista, nomeado para a lista dos melhores chefs do mundo

Nasceu em Valongo, estudou no Porto, estreou-se no Norte e conquistou estrela Michelin no Algarve: o chef do Vista, no hotel Bela Vista de Portimão, está oficialmente na corrida para os Best Chef Awards 2022.

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O Chef João Oliveira no hotel da Praia da Rocha Luis Ferraz

Com toda a Praia da Rocha aos olhos e aos pés, o chef João Oliveira, 33 anos, prossegue a sua ascensão para o estrelato nacional e internacional. Sendo um chef "cada vez mais radical”, como nos dizia há uns tempos no seu restaurante Vista, no hotel Bela Vista, a visão de Oliveira soma e segue: depois da estrela Michelin conquistada em 2017 e o prémio Chef do Futuro pela International Academy of Gastronomy em 2018, chega a nomeação para os The Best Chef Awards, lista que anualmente elege os 100 melhores chefs do mundo.

Oliveira é o primeiro novo cozinheiro português confirmado como candidato para a edição 2022 dos prémios - já de si uma honra -, mas poderá não ser o único: a organização internacional do evento vai divulgando com regularidade q.b., até à revelação da lista final, os nomes seleccionados, sendo assim possível surgirem mais cozinheiros portugueses entre os melhores do mundo. Automaticamente candidatos são os dois chefs portugueses que em 2021 integram a lista.

Isto porque, no ano passado, Henrique Sá Pessoa e José Avillez ficaram entre os 50 primeiros (Pessoa em 38º, Avillez em 44.º). Estavam também nomeados Ricardo Costa (The Yeatman, duas estrelas Michelin, em Vila Nova de Gaia) e Rui Paula (Casa de Chá da Boa Nova, Leça, duas estrelas Michelin).

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O Vista, visto a partir do interior Luis Ferraz

No Vista desde 2015, João Oliveira tem apostado numa integração criativa entre o mar e a sustentabilidade, nas descobertas vegetais e locais, no respeito “integral” pelo ingrediente. Enquanto arrisca cada vez mais na redução de hidratos de carbono, de gorduras, de açúcares, consegue polvilhar com golpes de génio as conjugações de sabores, odores e texturas, renovando o fine dining com a naturalidade das descobertas sensoriais. Há dois grandes menus de degustação erguidos sobre estes pilares: o Vista, focado em bivalves, crustáceos e peixes da costa algarvia; o Tempo da Terra, vegetariano ou vegan, construído a partir de produtos orgânicos da região. O primeiro tem um custo de 170 euros por pessoa, o segundo de 150 euros por pessoa (sem vinhos).

Luis Ferraz
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The Best Chef Awards não tem ainda data nem cidade escolhida para a gala de prémios - em 2021, foram revelados em Setembro, em Amesterdão. Os 100 mais são decididos a partir de uma pré-selecção de 200 cozinheiros de todo o mundo (o top 100 do ano anterior + 100 novos candidatos). Segundo a organização, “os cem novos candidatos são propostos por um grupo de cem profissionais que visitam anonimamente locais e descobrem talentos”. Entre estes profissionais contam-se jornalistas, críticos, bloggers, fotógrafos e gastrónomos. A votação final é feita pelo grupo de profissionais e chefs (o voto dos cozinheiros vale 70%).

Em 2021, o primeiro lugar foi entregue ao madrileno Dabiz Muñoz (DiverXo, três estrelas Michelin), seguido de Björn Frantzén (Frantzén, Estocolmo, três estrelas Michelin), que tinha vencido a edição de 2019. Em terceiro lugar ficou Andoni Luis Aduriz, do basco Mugaritz (duas estrelas)​. Já René Redzepi, do Noma (Copenhaga, três estrelas Michelin), vencedor da edição de 2020, despromovido para a quinta posição.

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