Biden e Putin vão conversar sobre a Ucrânia na terça-feira

A hora da vídeoconferência não foi adiantada, mas o Kremlin e uma fonte norte-americana confirmaram a data.

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Vladmiri Putin e Joe Biden, na cimeira entre os dois em Genebra, em Junho ALEXANDER ZEMLIANICHENKO/POOL/EPA

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai falar por videoconferência com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, na terça-feira, disseram este sábado o Kremlin e uma foto norte-americana conhecedora do assunto.

Os dois planeiam discutir as preocupações dos EUA com o aumento da presença militar russa junto à fronteira com a Ucrânia, segundo a fonte norte-americana, bem como a implementação de acordos assinados na cimeira de Genebra, em Junho, disse o Kremlin à Reuters.

Biden quer discutir também a estabilidade estratégica, a questão cibernética e assuntos regionais. A hora exacta da conversa não foi adiantada.

Com 94 mil soldados russos junto à fronteira, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse na sexta-feira que Moscovo pode estar a planear uma ofensiva militar em grande escala para o final de Janeiro, citando informações dos serviços secretos.

O Presidente norte-americano vai sublinhar as preocupações dos EUA com as actividades militares russas na fronteira coma Ucrânia e reafirmar o apoio norte-americano à soberania e integridade territorial da Ucrânia, afirmou a mesma fonte dos EUA.

Biden afirmou na sexta-feira que ele e os seus conselheiros estão a preparar um conjunto de iniciativas abrangente destinado a dissuadir Putin de invadir a Ucrânia. Não deu mais detalhes, mas a Administração Biden discutiu a possibilidade de alinhar com os aliados europeus na imposição de mais sanções à Rússia.

Moscovo acusa Kiev de estar a levar a cabo o seu próprio incremento militar. Negou como inflamatórias as sugestões de que se estaria a preparar para um ataque contra o seu vizinho do Sul e defendeu o seu direito a mobilizar tropas dentro do seu território.

Membros da Administração norte-americana dizem que não sabem quais são as intenções de Putin, porque se a informação dos serviços secretos aponta para uma possível invasão da Ucrânia, não se sabe se a decisão final sobre o assunto já foi tomada.

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