Cifrão e Soraia Ramos dão dança e música no Dia Nacional do Pijama

Um vídeo com um tema de Soraia Ramos e uma coreografia de Cifrão convida a Acreditar que todas as crianças podem vir a ter uma família.

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Cifrão apadrinha a iniciativa desde 2015 DR

Foram 6706 as crianças que, em 2020, estiveram em instituições de acolhimento residencial e familiar, segundo o Relatório Casa, do Instituto de Segurança Social. Mas, daquelas, apenas 202, ou seja 3%, estiveram em ambiente de acolhimento familiar.

Com a finalidade de sensibilizar o país para o direito de uma criança crescer numa família, promover o acolhimento familiar de crianças e reduzir o número de crianças institucionalizadas, foi fundado o Dia Nacional do Pijama, uma iniciativa criada pela Mundos de Vida, em 2012, que volta a ganhar vida esta segunda-feira, embalada pela música de Soraia Ramos e com os passos de dança de Cifrão.

“Já há alguns que me convidam para ser o coreógrafo do vídeo do pijama, talvez por estar muito habituado a trabalhar com quem não sabe dançar”, começa por dizer Cifrão ao PÚBLICO, que se confessa feliz pelo reconhecimento, desde 2015. Porém, o coreógrafo sublinha que o que o deixa mais satisfeito é por poder participar num dia como este por “tudo o que representa”. Além do mais, sublinha, acredita “no trabalho que a instituição faz”.

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No Dia Nacional do Pijama pretende-se colocar crianças a ajudar outras crianças. Como? Neste dia, miúdos até aos 10 anos (creche, jardim de infância e escola de 1º ciclo) das instituições e escolas participantes, de todo o país (e em países onde há escolas portugueses), vão para a escola de pijama para recordar que há os que não usufruem da protecção de um lar e de uma família – um direito consagrado na Convenção Internacional dos Direitos da Criança: “A criança temporária ou definitivamente privada do seu ambiente familiar ou que, no seu interesse superior, não possa ser deixada em tal ambiente tem direito à protecção e assistência especiais do Estado”, sendo que “a protecção alternativa pode incluir, entre outras, a forma de colocação familiar, a kafala do direito islâmico, a adopção ou, no caso de tal se mostrar necessário, a colocação em estabelecimentos adequados de assistência às crianças”. No entanto, apesar de surgir como uma alternativa de recurso, a colocação em instituições é a solução mais comum.

Este ano, e depois de a iniciativa ter contado, entre outros, com Pedro Abrunhosa, Agir ou os D.A.M.A, é a vez de Soraia Ramos dar voz ao projecto, com o tema Acreditar. Já Cifrão teve a missão de desenhar uma coreografia para a música e ensaiar um conjunto de crianças para um vídeo que “pretende alertar e sensibilizar as pessoas para o facto de existirem milhares de crianças institucionalizadas e da importância de crescerem numa família”.

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