Covid-19: Delta é a única variante em circulação em Portugal

Do total de sequências analisadas da variante genética Delta, 66 apresentaram uma mutação adicional na proteína da espícula, que responsável pela entrada do vírus nas células humanas.

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A laranja, partículas do coronavírus SARS-CoV-2 NIAID

A variante Delta do vírus SARS-CoV-2 é a única em circulação em Portugal, sendo responsável por 100% das infecções em todas as regiões do país, anunciou esta terça-feira o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa).

A variante Delta (B.1.617.2) apresenta uma frequência relativa de 100% na semana de 16 a 22 de Agosto em todas as regiões, de acordo com os dados apurados até à data”, refere o relatório do Insa sobre a diversidade genética do vírus que provoca a covid-19. Segundo o instituto, as várias variantes que já circularam no país (entre as quais a Beta, a Gama e a Alfa, que chegou a ser a predominante) apresentam uma prevalência de 0%, o que quer dizer que não foram detectados casos destas estirpes do vírus nas últimas semanas.

No que se refere à Delta, identificada inicialmente na Índia e considerada mais transmissível do que a Alfa, do total de sequências analisadas desta variante, 66 apresentaram uma mutação adicional na proteína da espícula (responsável pela entrada do vírus nas células humanas), uma sublinhagem conhecida por “Delta Plus” que tem “mantido uma frequência relativa abaixo de 1%” nas últimas semanas.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2, o Insa tem analisado uma média semanal de 559 sequências, obtidas de amostras recolhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 123 concelhos por semana.

Em Junho, o instituto anunciou um reforço da vigilância das variantes do vírus que causa covid-19 em circulação em Portugal, através da sua monitorização em contínuo. Segundo o Insa, esta estratégia permitiu uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que se actualizam os dados continuamente, deixando de existir intervalos de tempo entre análises, que eram dedicados, essencialmente, a estudos específicos de caracterização genética solicitados pela saúde pública.

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