Educar para um futuro pior: O belo e o monstro

De onde pensam os pais que surge tudo aquilo que é belo? Devo deduzir que desejam que os seus filhos apreciem o belo às custas de quem seja desgraçado, pobre, tolo e sem futuro?

Foto
Daniel Rocha

Há seis anos, atrevi-me a escrever uma crónica sobre educação, área em que não sou especialista, pelo menos do ponto de vista académico. Escrevi nessa altura sobre a obsessão com os rankings, mostrando a minha preocupação por se ensinar às crianças e aos jovens que devem valorizar as notas e desvalorizar as aprendizagens. Essa reflexão surgiu quando percebi a preocupação desmedida de pais de crianças de 14 ou 15 anos com a escolha, na transição para o ensino secundário, do percurso que lhes desse mais garantias de um ‘futuro melhor’. E, a bem da verdade, com a escolha da escola que mais lhes garantisse notas elevadas, para não ‘perderem terreno’ no acesso ao ensino superior.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 6 comentários