Software de espionagem, o “outro lado” da Start Up Nation que é Israel

Visto como essencial para prevenir terrorismo no país, o software foi exportado para países que parecem estar a usá-lo para vigiar jornalistas ou adversários. Trata-se de “uma indústria perigosa que tem operado à margem da legalidade há demasiado tempo”, disse a secretária-geral da Amnistia Internacional.

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A empresa NSO é apenas uma entre várias que estão envolvidas neste negócio, disse a Amnistia Internacional, pedindo regulamentação AMIR COHEN/Reuters

As ramificações da tecnologia de espionagem israelita ficaram em evidência com a investigação Pegasus: “O que acontece na Palestina não fica na Palestina”, comentava no Twitter o analista Yousef Munayyer. Referia-se às revelações do consórcio de jornalistas que investiga como os clientes da empresa israelita NSO terão usado um software de espionagem para smartphones para vigiar jornalistas, activistas, empresários, e políticos. Algumas das pessoas que se suspeita que tenham sido vigiadas, ou pessoas próximas delas, estão mortas, como o jornalista mexicano Cecilio Pineda ou o saudita Jamal Khashoggi. Outras foram raptadas, como a princesa Latifa, do Dubai, que tentava fugir do país. França abriu uma investigação judicial a potencial vigilância de jornalistas, e há suspeitas de que tenha havido tentativas de espiar o próprio Presidente, Emmanuel Macron.

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