Budapeste arranja-se a preceito para acolher as cinzas de Zsa Zsa Gabor

As cinzas da actriz Zsa Zsa Gabor, famosa pelo seu gosto por diamantes e nove casamentos, foram depositadas na capital húngara, numa cerimónia que pretendeu “celebrar a vida”.

Zsa Zsa Gabor deixou em testamento o desejo de ter os seus restos mortais na Hungria natal
Fotogaleria
Zsa Zsa Gabor deixou em testamento o desejo de ter os seus restos mortais na Hungria natal Reuters/MARTON MONUS
questoes-sociais,hollywood,cinema,obitos,musica,hungria,
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
questoes-sociais,hollywood,cinema,obitos,musica,hungria,
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
questoes-sociais,hollywood,cinema,obitos,musica,hungria,
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS
Fotogaleria
Reuters/MARTON MONUS

Ao som de uma banda de música cigana e com uma paisagem marcada por rosas amarelas e cor-de-rosa, as preferidas da actriz, as cinzas de Zsa Zsa Gabor​, que morreu em Dezembro de 2016, foram depositadas, esta terça-feira, num cemitério da capital da Hungria, ao lado de outros actores, escritores e poetas húngaros famosos.

Cumpriu-se assim o desejo de Zsa Zsa Gabor, que deixou em testamento escrito que queria que os seus restos mortais permanecessem na Hungria natal. Uma vontade que o seu último marido, o alemão Frederic von Anhalt, de 78 anos, levou muito a sério, tendo encetado uma odisseia para a concretizar. Von Anhalt disse ter levado uma urna com três quartos das cinzas da mulher — o que falta ficou em Los Angeles — para Londres, depois para a Alemanha e daí para Budapeste, utilizando uma janela de oportunidade quando os encerramentos de fronteiras devido à pandemia de covid-19 foram atenuados. 

“Era o que ela queria e era o que ela tinha no seu último testamento. Ela queria definitivamente estar em Budapeste porque o seu pai também está enterrado aqui”, disse Frederic von Anhalt à Reuters, adiantando que Zsa Zsa Gabor desejava um momento de “celebração da vida, não um funeral”.

Nascida Sári Gabor, no seio de uma família húngara rica, foi eleita Miss Hungria em 1936, honra que lhe seria retirada mais tarde, quando a organização descobriu que a rapariga mentira na idade. Acabaria por emigrar com as suas irmãs para os Estados Unidos, em 1941, onde Hollywood a recebeu de braços abertos. Na altura, Gabor deixava para trás o seu primeiro marido, Burhan Belge, um diplomata turco. E viria a casar mais oito vezes (ainda que um dos matrimónios tivesse sido anulado menos de 24 horas depois).

Conrad Hilton, o fundador da cadeia de hotéis que tem o seu nome e bisavô de Paris Hilton, foi o segundo marido de Zsa Zsa, entre 1942 e 1947, de quem teve uma filha: Francesca Hilton​. Seguiram-se o actor George Sanders (1949-1954), o executivo Herbert Hutner (1962-1966), o herdeiro Joshua Cosden (1966-1967), o inventor Jack Ryan (1975-1976), o advogado Michael O’Hara (1976-1983) e o actor e advogado Felipe de Alba, com quem esteve casada por um só dia, já que o divórcio de O’Hara ainda não tinha sido formalizado. Em 1986, casou-se com o alemão Frederic von Anhalt, herdeiro adoptivo de uma das princesas da Casa de Anhalt, com quem permaneceu até ao fim da vida

No cinema, destacou-se em pequeno papéis, mas foi dirigida por alguns dos maiores: John Huston, em Moulin Rouge (1952); Charles Walters, em Lili (1953); ou Orson Welles, em A Sede do Mal (1958), hoje reconhecido como filme de culto​. Na década de 1970, começou a rejeitar papéis mais pequenos, dizendo: “Posso ser uma personagem, mas não quero ser uma actriz de personagens.” No entanto, a sua fama não esmoreceu, continuando a fazer capas de revista.

Morreu a 18 de Dezembro de 2016, em Los Angeles, a menos de dois meses de completar 100 anos de vida.

Sugerir correcção
Comentar