Festival de Cinema Luso-Brasileiro regressa no fim do mês a Santa Maria da Feira

Depois de uma pausa forçada pela pandemia, o certame regressa com a ante-estreia portuguesa de O Último Banho, de David Bonneville, logo a abrir, e com destaque para a obra de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, Leonor Noivo e João Nicolau.

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O Último Banho, primeira longa-metragem de David Bonneville, abre o festival DR

O Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira regressa no final deste mês após uma pausa de um ano forçada pelo covid-19. Entre 27 de Junho e 4 de Julho próximos, a 23.ª edição do evento ocupa o Auditório da Biblioteca Municipal daquela localidade. A abrir, a primeira longa-metragem do português David Bonneville, O Último Banho, com Anabela e Margarida Moreira e Martim Canavarro; a fechar, Separações (2002), do cineasta brasileiro Domingos Oliveira (1935-2019), que será alvo de homenagem. 

A edição 2021 do festival dará destaque à obra da dupla de artistas multimédia formada pela brasileira Bárbara Wagner e pelo alemão Benjamin de Burca, com a exibição de quatro dos seus projectos fílmicos. Outros nomes em destaque serão Leonor Noivo, de quem se mostrarão as duas últimas curtas, Tudo o que Imagino (2017) e Raposa (2019); João Nicolau, em debate sobre a sua obra com a presença do produtor Luís Urbano, da co-argumentista Mariana Ricardo e do director de fotografia Mário Castanheira; e Karim Aïnouz, o autor de Praia do Futuro e A Vida Invisível, com a apresentação da monografia de Eduardo Valente Cinema à Flor da Pele, a editar pelo festival. 

A competição de longas-metragens será encabeçada pelos títulos portugueses O Último Banho (que chegará às salas logo no dia 1 de Julho) e Mar Infinito, de Carlos Amaral, rara incursão na ficção científica com produção de Rodrigo Areias. Incluirá ainda cinco filmes brasileiros: A Morte Habita à Noite, de Eduardo Morotó, King Kong em Asunción, de Camilo Cavalcante, Piedade, de Cláudio Assis (com Fernanda Montenegro), Sofá, de Bruno Safadi (habitual colaborador de Júlio Bressane), e o documentário de Marcelo Gomes Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar

Quanto às 20 curtas em competição, incluirão A Chuva Acalanta a Dor, de Leonardo MouramateusNha Mila, de Denise Fernandes, ou Treino Periférico, de Welket Bungué. Haverá ainda uma sessão especial com o documentário de 2019 de Lula Buarque de Hollanda Gilberto Gil: Antologia Vol. 1 e a “repescagem” de O Primeiro Dia, de Daniela Thomas e Walter Salles (1998), em homenagem ao recentemente desaparecido sambista Nelson Sargento. As informações sobre todo o alinhamento estarão em breve disponíveis no site oficial do festival

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