O Parlamento debate, nesta quarta-feira à tarde, o novo estado de emergência declarado pelo Presidente da República e validado pelo Governo. Será o oitavo e durará menos do que os anteriores, vigorando apenas entre os dias 8 e 15 de Janeiro, enquanto não há novos dados sobre a evolução dos contágios. O mesmo plenário em que os deputados avaliarão e votarão a proposta de Marcelo Rebelo de Sousa servirá para apresentar o relatório sobre o sexto estado de emergência — de 9 a 23 de Dezembro. Há pelo menos dez números a reter no documento enviado ao Parlamento:

0,93

O relatório sobre o estado de emergência começa sempre por fazer um retrato da situação epidemiológica e este não é excepção. Um dos dados revelados é o R(t) — número médio de contágios causados por cada pessoa infectada —, que esteve sempre acima de 1 (média nacional) entre 5 de Agosto e 23 de Novembro e que recuou para 0,93 nos dias antes do Natal (21 a 25). Há ainda a reter a diminuição dos internamentos (menos 451 casos), incluindo menos quatro pessoas internadas nos cuidados intensivos.

51,5%

Foi na região norte do país que, percentualmente, se registaram mais novos casos no período de vigência do sexto estado de emergência: 51,5%. Na zona de Lisboa e Vale do Tejo a percentagem fixou-se nos 32,2 pontos e no centro em 11,2. As restantes regiões ficaram sempre aquém destes valores: Alentejo representou 2,6% dos novos casos; Algarve 1,8%; Açores 0,4%; e Madeira 0,3%. 

9000

Nos trabalhos desenvolvidos pela Subcomissão Nacional de Protecção Civil, criada no âmbito da covid-19, foi reportada, por parte do representante do Ministério da Educação, a existência de mais de 9000 casos positivos na comunidade escolar, desde o início do ano lectivo. Ao todo, isto significa que 800 turmas tiveram actividade lectiva não presencial. Foi a primeira vez que se fez um balanço do primeiro período escolar. 

58.686

A 23 de Dezembro de 2020, o número de testes à covid-19 efectuados no país ascendia a quase 5,5 milhões, 567.042 dos quais feitos no período de vigência do sexto estado de emergência (incluindo 65.328 testes rápidos de antigénio). Mas há outro dado a registar: 23 de Dezembro foi o dia em que se fizeram mais testes desde o início da pandemia, mais precisamente 58.686.

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379

A maior parte das 379 coimas registadas nos 15 dias do sexto estado de emergência diziam respeito ao incumprimento das regras de ocupação, permanência e distanciamento nos locais abertos ao público. As coimas distribuíram-se do seguinte modo: 77 nos concelhos de risco moderado; 169 nos de risco elevado; e 133 nos de risco muito elevado e extremo. Foram também detidas seis pessoas pelo crime de desobediência e encerrados 40 estabelecimentos.

65%

De entre as empresas tuteladas de transportes, foi a STCP que apresentou níveis de procura mais elevados entre 9 e 23 de Dezembro, em comparação com os dados de 2019: 65%. Segue-se a Transtejo/Soflusa, com 62%, o Metro do Porto (59%) e o Metro de Lisboa (38%).

50

Os voos registados entre a República Popular da China e Portugal entre Março e final de Novembro para transportar de material médico​. Quinze desses voos operados pela TAP permitiram o transporte de 1181 ventiladores de Pequim para Lisboa.

133.757

Número de passageiros controlados nas fronteiras aéreas portuguesas (69.950 dos quais à entrada e 63.807 à saída). Já nos controlos móveis nas fronteiras terrestres foram interpeladas 886 pessoas, 503 veículos ligeiros e 17 autocarros.

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42

Os casos positivos registados entre 9 e 23 de Dezembro no sistema prisional, entre eles 29 trabalhadores (22 guardas, um profissional de saúde, um técnico de reinserção social e cinco profissionais de outras categorias) e 13 reclusos. Houve já 778 casos recuperados. 

129 

Número de páginas do relatório que também confirma, à semelhança do que se vinha observando, que a sexta-feira continua a ser um dia de particular dinamismo em termos económicos. O dia de menor intensidade é o domingo.