Eneko Lisboa recebe estrela Michelin: um “raio de luz neste ano sombrio”

A par do 100 Maneiras de Ljubomir Stanisic, o restaurante lisboeta do chef basco Eneko Atxa, no espaço do antigo Alcântara Café, recebe também uma estrela Michelin.

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Chef Eneko Axta Sílvia Martinez
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,Eneko Lisboa
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“Estou muito satisfeito com esta conquista, que é um raio de luz neste ano sombrio”, disse Eneko Atxa​, após receber a confirmação de que o seu restaurante lisboeta, “encerrado temporariamente”, acabava de ser distinguido com uma das novas duas estrelas atribuídas pela Michelin a Portugal esta segunda-feira – a outra foi para o 100 Maneiras, do chef Ljubomir.

“Estou muito feliz, acima de tudo, por todas as pessoas que tornam o Eneko Lisboa possível”, comentou em comunicado o chef basco, que, na verdade, já está habituado a ser “estrelado” pelo guia – é, aliás, detentor, no total, de mais cinco estrelas Michelin, mas no País Basco graças ao Azurmendi (três estrelas) e a mais dois Eneko (uma estrela cada).

A Lisboa chegou em Outubro de 2019, após aberturas em Londres e Tóquio, e graças ao Penha Longa Resort, que investiu na cozinha do cozinheiro basco para o espaço do antigo Alcântara Café. Na altura da abertura, Atxa confessava à Fugas que tinha sido a forte personalidade daquele espaço, de traços industriais, que o atraiu para o projecto, onde também abriu outro restaurante mais descontraído, o Basque, em estilo taberna.

“Conhecia Lisboa de viagens pessoais e sempre gostei muito da autenticidade que encontro aqui”, dizia-nos o chef. “Apesar do turismo, a cidade não mudou, a sua essência continua viva. É um sítio que me apaixona. É de um romantismo absoluto”, rematava.

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“Nunca olhei Lisboa como um cozinheiro, olhei-a como um viajante, alguém que vem respirar a alma de outro lugar”, contava, confessando que “quando um lugar nos apaixona de verdade, queremos fazer parte dele. Por isso estou aqui, porque quero fazer parte disto.”

No Eneko Lisboa, que tem como chef residente o brasileiro Luís Bernardes, o seu “braço direito”, são servidos dois menus de degustação, Erroak e Adarrak, ambos com marcadas “raízes bascas” – ficam por 110/125 euros cada. Os menus permitem provar "alguns dos pratos mais emblemáticos do Azurmendi”. Os destacados: lavagante assado e descascado, molho, manteiga de café e cebola roxa de Zalla. Para saber como é um jantar no Eneko, siga para a reportagem da Fugas.

O chef é também célebre por fazer finca-pé na sustentabilidade, dita “um pilar fundamental da sua filosofia de vida” – já conquistou por duas vezes a distinção de “chef do restaurante mais sustentável do mundo” nos World’s 50 Best Restaurants​.

Com o Eneko Lisboa, o portefólio de restauração do Penha Longa Resort, passa a somar três restaurantes com estrelas Michelin: junta-se à casa alfacinha de Atxa, o Midori (Pedro Almeida) e o Lab by Sergi Arola.

Segundo confirmou o gabinete de comunicação do Eneko à Fugas, o restaurante deverá reabrir a 3 de Março.

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