Um piquenique com dezenas de chefs no meio de cascatas e ruínas romanas

O festival Arrebita Idanha Bio juntou mais de duas dezenas de chefs nos cenários extraordinários de Penha Garcia e Idanha-a-Velha. A história, contada aqui, numa fotogaleria, através da câmara de Gonçalo Villaverde.

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José Júlio Vintém, do Tombalobos de Portalegre, em Penha Garcia Gonçalo Villaverde
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José Avillez, do Belcanto, de Lisboa, junto da cascata, nos moinhos de Penha Garcia Gonçalo Villaverde
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Tiago Emanuel Santos, com o queijo de cabra velho biológico da Quinta da Fonte Insonsa Gonçalo Villaverde
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Valdir Lubave, do Ma Mesa do Chef, em Belmonte, apresentou um rancho beirão Gonçalo Villaverde
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Marlene Vieira, do Zunzum, de Lisboa, levou sopa de cação Gonçalo Villaverde
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Gonçalo Villaverde
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Penha Garcia Gonçalo Villaverde
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Gil Fernandes da Fortaleza do Guincho serviu o Bacalhau à Guincho Gonçalo Villaverde
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Miguel Peres, do Pigmeu de Lisboa, levou a sua Porcalhota de Campo de Ourique Gonçalo Villaverde
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André Magalhães preparou em Idanha-a-Velha as "bombas de cachaco" com queijo de Idanha Gonçalo Villaverde
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Bernardo Agrela d'A Praça, levou um durum de borrego desfiado em vinha d'alhos Gonçalo Villaverde
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Natalie Castro, do Isco, em Lisboa, apresentou uma rabanada com creme de queijo Gonçalo Villaverde
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Paulo Barata e Ana Músico, da Amuse Bouche, a empresa organizadora do Arrebita Idanha Bio Gonçalo Villaverde
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A sopa de favas com "pão romano" de Maria de Sousa Gonçalo Villaverde
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Tosta de cabeça de xara, escabeche e maçã, de João Cura, do Almeja, no Porto Gonçalo Villaverde
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Hugo Brito, do Boi Cavalo, Lisboa, apresentou tacos de novilho de Idanha, molho macho e amêndoas Gonçalo Villaverde
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A descida para a zona dos moinhos em Penha Garcia Gonçalo Villaverde
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Maria de Sousa da Casa da Velha Fonte, de Idanha-a-Velha, serviu uma sopa de favas Gonçalo Villaverde
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Sumo de figo da Índia da Figo d'Idanha Gonçalo Villaverde

Quem olhasse do topo dos penhascos da aldeia de Penha Garcia para a ravina em baixo, onde, junto a um pequeno curso de água, se situam os moinhos de rodízio cuidadosamente preservados pelo senhor Domingos, diria que era impossível organizar um festival gastronómico ali. Como transportar chefs, comida, panelas, tachos, pratos, talheres e centenas de visitantes para um sítio de tão difícil acesso. Mas quando olhou pela primeira vez para o local, integrado na Rota dos Fósseis e inserido no Parque Icnológico (zona classificada pela UNESCO enquanto geomonumento do Geopark Naturtejo), Paulo Barata, da Amuse Bouche, a empresa que realiza os Arrebita Portugal (o primeiro aconteceu em Portimão entre 21 e 23 de Agosto) não teve dúvidas: só podia ser ali. 

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Gonçalo Villaverde

Duas semanas depois, a 3 de Outubro, centenas de pessoas estão efectivamente a descer o desfiladeiro, por entre uma paisagem de cortar a respiração, até ao local onde vários chefs, incluindo os “estrelados” José Avillez (Belcanto, Lisboa, duas estrelas) e Rui Paula (Casa de Chá da Boa Nova, Leça da Palmeira, duas estrelas), Louis Anjos (Bon Bon, Carvoeiro, uma estrela) e Diogo Rocha (Mesa de Lemos, Silgueiros, uma estrela) serviam pratos feitos a partir dos produtos biológicos e dos sabores da região de Idanha. Espalhados pelas rochas, com os moinhos como pontos de apoio para as cozinhas improvisadas, outros chefs apresentavam os seus pratos: José Júlio Vintém, do Tombalobos, em Portalegre, Luís Gaspar, da Sala de Corte, em Lisboa), Marlene Vieira, do Zunzum Gastrobar, também em Lisboa, Tiago Emanuel Santos, de Lisboa, Valdir Lubave, do Na Mesa do Chef, de Belmonte, e ainda o senhor Domingos, guarda e protector dos moinhos de Idanha, que cozinhou uma sopa de grão. 

No dia seguinte, 4, o cenário mudou — e o grupo de chefs presentes também. Foi no meio das ruínas romanas de Idanha-a-Velha que se serviram pratos como o arroz de borrego cozinhado no forno comunitário (por Alexandre Silva, do Loco, Lisboa, uma estrela, e do Fogo), bacalhau à Guincho, de Gil Fernandes, da Fortaleza do Guincho (também uma estrela), ou grão de vaca com lúcio perca, couve, nabos e papada de porco bísaro, por Filipe Ramalho do Basilli, em Monforte). 

Mas houve muito mais, desde a sopa de favas de Maria de Sousa da Casa da Velha Fonte, em Idanha-a-Velha, até à bifana Porcalhonha de Campo de Ourique, levada por Miguel Peres, do Pigmeu, em Lisboa. Participaram ainda Bernardo Agrela (A Praça, Lisboa), Rui Martins (Paparico, Porto), Hugo Brito (Boi Cavalo, Lisboa), João Cura (Almeja, Porto), André Magalhães (Taberna da Rua das Flores, Lisboa), Natalie Castro (Isco, Lisboa), João Sá (Sála, Lisboa, António Galapito (Prado, Lisboa), Mário Rui Ramos (Helana, Idanha-a-Nova) e o padeiro Mário Rolando, também de Lisboa. 

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