“Ninguém é só trabalho.” E os jovens sentem e vivem (cada vez mais) isso

O trabalho é central na vida dos jovens recém-chegados ao mercado? É. Mas é tudo? Não. Podendo, a maioria recusa telefonemas profissionais depois do horário e exige flexibilidade, ou seja, tempo para o lazer e para a família. O culto da sobreocupação profissional já era. No fundo, os jovens profissionais recusam andar “too damn busy” para viver.

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Diana Pimenta Rui Gaudêncio
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Ana Isabel Rodrigues Nelson Garrido
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Mónica Carneiro Nelson Garrido

Quando se põe a pensar no futuro, Diana Pimenta imagina-se com trabalho e com filhos. E com tempo para eles. Aos 24 anos, e a trabalhar no departamento de qualidade de uma consultora na área das tecnologias da informação, em Lisboa, Diana assusta-se com a ideia de replicar o ambiente familiar em que cresceu — com pais ausentes, apesar de presentes. “A vida deles era o trabalho. E ainda é. E todos crescemos com isto: com pais cansados e pouco disponíveis depois de um dia que foi só trabalho, trabalho, trabalho. Se existe nas empresas esta ideia de que se pode trabalhar 12 horas por dia, foi porque os nossos pais o fizeram nalgum momento e depois passou a ser normal. Mas, com as novas gerações, isto não vai continuar a ser possível”, antecipa, numa das conversas em que o P3 procurou escrutinar, cruzando o discurso de um sociólogo, uma jurista e um psicólogo, além do dos próprios jovens, diferenças na postura das novas gerações em relação ao trabalho.

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