Merck tem aprovação europeia para vender a primeira vacina para o ébola

Administrada numa única dose, esta vacina já está a ser usada no combate ao surto de ébola em curso na República Democrática do Congo.

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Funcionário de saúde a vestir um fato protector para o ébola na República Democrática do Congo Baz Ratner/Reuters

A farmacêutica norte-americana Merck Sharp & Dohme recebeu aprovação da Comissão Europeia para introduzir no mercado a sua vacina para o vírus do ébola. Isto acontece menos de um mês depois de o comité para os medicamentos humanos da Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter emitido uma recomendação para a sua comercialização.

De seu nome comercial Ervebo, a vacina foi aprovada para indivíduos a partir dos 18 anos e é administrada em apenas uma dose. Tem já sido usada em situações de emergência para tentar proteger as pessoas da propagação do actual surto de ébola na República Democrática do Congo como parte de um protocolo específico, para proteger pessoas em risco de infecção, como profissionais de saúde ou pessoas expostas a outras infectadas.

A aprovação desta vacina também está a ser revista pelos reguladores dos Estados Unidos e espera-se que seja tomada uma decisão no primeiro trimestre do próximo ano.

Na semana passada, também a empresa Johnson & Johnson pediu a aprovação aos reguladores europeus para a sua vacina experimental para protecção contra o vírus do ébola, neste caso aplicada em duas doses.

O vírus do ébola causa febre hemorrágica e propaga-se de pessoa para pessoa através de fluidos corporais. Mata cerca de metade dos infectados.

Desde de meados do último ano, o surto de ébola na República Democrática do Congo já matou mais de 2100 pessoas, fazendo deste o segundo maior surto da doença na história. Este surto é apenas ultrapassado pelo que decorreu entre 2013 e 2016 no Oeste de África que causou mais de 11.300 mortes.

“A União Europeia apoia os esforços internacionais para combater o ébola em todas as frentes, desde o desenvolvimento da vacina até à prestação de ajuda humanitária no terreno”, disse Christos Stylianides, coordenador do ébola da União Europeia, num comunicado de imprensa.

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