A “geringonça” auto-infligida

A esquerda é a melhor desculpa para a passividade do governo. Graças a ela, a acção é mérito do PS; a inacção é demérito dos outros.

Mesmo sem “geringonça 2.0”, António Costa prometeu continuar a negociar com a esquerda – e vai cumprir. Temos pela frente quatro anos de “geringonça” auto-infligida, e já há uma vítima dessa decisão: a reforma do sistema eleitoral, que o PS estava cheio cheio cheio cheio de vontade de fazer, mas afinal não dá. Os socialistas voltaram a incluir a reforma no programa de governo – com a proposta de introdução de círculos uninominais, compensando os votos perdidos num círculo nacional –, e voltaram a deixá-la cair pela segunda legislatura consecutiva, primeiro em 2015, agora em 2019.

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