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Às vezes o que parece vigor intelectual é só mesmo uma manifestação de adolescência tardia.
A tragédia vai além da América Latina. Estamos diante de consistente crise de governabilidade, com viés global, sujeita a particularidade locais, pulsando ondas de insatisfação popular.
Não posso condenar a invasão do Iraque e não condenar a invasão da Ucrânia. Na minha posição, lembro-me de Gramsci: o socialismo também é um projeto moral.
O novo tipo de saudosismo, que aqui apresento, é o geringoncionismo. Possivelmente não será registado na história com este difícil nome. Mas é o tipo de saudosismo que importa valorizar.
O contraste do PS com a IL é o mais fatal para a ilusão de que a esquerda é o lado político do progresso.
O caso do Qatar, que nos envolve directamente como cúmplices, está cada vez mais imerso no ambiente tribalizado em que vivemos.
Não espanta que o caminho dos comunistas seja o do entrincheiramento. É o caminho natural quando o partido e o mundo já não se reconhecem um ao outro.
Bancadas da esquerda e deputados únicos devem chegar a consenso em matérias como a defesa do ambiente e dos animais, o fim da discriminação com base no género ou o direito a água potável e saneamento.
Cinco maiores economias da região vão ser lideradas por Governos progressistas. Analistas sublinham, no entanto, que esta vaga é mais pragmática e menos ideológica que a do início do milénio.
