Dona da Fidelidade e BCP investe 500 milhões para ficar com Thomas Cook

O grupo chinês Fosun convenceu accionistas e credores do histórico operador turístico britânico a aceitar a sua proposta, reforçando a sua oferta num sector onde já controlo o Club Med.

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Reuters/BOBBY YIP

A empresa britânica Thomas Cook aceitou a oferta da Fosun e dos seus credores que colocará nas mãos do grupo chinês uma participação de 75% do seu negócio de viagens e 25% da sua companhia aérea.

A operação custará 450 milhões de libras (497 milhões de euros) à dona da Fidelidade e maior accionista do BCP, sendo o negócio avaliado no dobro dado que os credores da Thomas Cook (bancos e obrigacionistas) irão contribuir com os restantes 450 milhões de libras para ficar com 75% da companhia aérea e 25% das viagens. Os outros accionistas do grupo ficam com as suas posições diluídas.

A Fosun já era o maior accionista da Thomas Cook e reforça assim a sua posição naquilo a que apelida de negócio de “felicidade”, onde também se incluem a operação hoteleira do Club Med e o clube de futebol britânico Wolverhampton Wanderers, onde é parceira do influente empresário português Jorge Mendes.

A Thomas Cook tem vindo a revelar dificuldades em adaptar-se à crescente concorrência global e à mudança de hábitos de marcação de férias dos clientes, tendo registado um prejuízo de 1,5 mil milhões de libras no primeiro semestre deste ano, culminando um ano em que fez três alertas ao mercado sobre o facto de não conseguir cumprir as metas de rentabilidades definidas inicialmente.

O grupo, fundado em 1841, já havia colocado à venda, sem sucesso até agora, a sua companhia aérea.

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