Incêndio passou ao lado do acampamento do BE, mas tudo acabou bem

Os bloquistas estão reunidos num acampamento na barragem de Castelo de Bode e tiveram protecção dos bombeiros e GNR por causa do incêndio que lavrou lá perto.

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Andreia Gomes Carvalho

Foi o incêndio que mais meios mobilizou este fim-de-semana, não tendo no entanto ameaçado populações ou feito vítimas. Mas a sua dimensão e dificuldade em ser dominado, só o seria na manhã deste domingo, assustou as populações da zona de Tomar, Abrantes e Constância... e os jovens do BE que estavam num acampamento na barragem de Castelo de Bode.

Os jovens do BE estão concentrados este fim-de-semana no parque de campismo de Martinchel, no concelho de Abrantes, paredes meias com a barragem que abastece Lisboa. O incêndio, que lavrou com muita intensidade no sábado, e que chegou a mobilizar mais de 500 combatentes e 11 meios aéreos, chegou a passar o rio e a assustar quem estava no acampamento. Mas tudo correu pelo melhor.

Tomás Marques, da organização do acampamento, conta ao PÚBLICO que deram o alarme à Protecção Civil, mas que rapidamente chegou “um helicóptero”. 

“O fogo começou do outro lado da barragem, na zona onde o rio é mais estreito. Estávamos a ver o fogo daqui, ligámos para o 117 e num minuto estava aqui um helicóptero”, conta. “O mais crítico foi quando esteve aqui perto, subiu a encosta e passou à entrada do parque” onde os jovens estão acampados. Como o vento não virou, acabou por não entrar dentro do acampamento.

Por esta altura, cerca das 17h30 da tarde, já estavam a ser aconselhados por membros da Protecção Civil, GNR e bombeiros. E assim que o perigo espreitou, foram tomadas medidas de prevenção como molhar a entrada do parque. Mas não chegou a ser preciso retirar as mais de 200 pessoas que lá estão concentradas para vários debates e workshops. “Juntámos toda a gente, fizemos a contagem e arrumámos tudo. Preparámo-nos para o caso de ser preciso sair”, mas tudo passou com a mudança de rumo do vento. “A Protecção Civil sugeriu que ficássemos no parque que era mais seguro”, conta Tomás Marques.

Apesar do aparato, houve quem não tivesse dado conta que o fogo passou na entrada do campismo, mas, para quem lá esteve, chegou o susto. Passado o medo, na tarde de sábado, os bloquistas retomaram os trabalhos e ainda conseguiram fazer o workshop que tinham marcado para as 18h. Este domingo será a vez de Catarina Martins participar no plenário “5 dias de luta toda, e agora?”.

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