Rio diz que PSD terá vida “mais facilitada” porque PS “não foi feliz” na escolha do candidato

Rui Rio referiu-se ao facto de o PS ter escolhido Pedro Marques, ex-ministro responsável pelos fundos europeus, para cabeça-de-lista simbolizando o socialista "o contrário" do que precisa o país.

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Paulo Rangel é o cabeça-de-lista do PSD às europeias LUSA/ANTÓNIO COTRIM

O líder social-democrata, Rui Rio, considerou este domingo que o PSD vai ter a vida “mais facilitada” nas eleições europeias porque o PS escolheu para cabeça-de-lista o ex-ministro Pedro Marques, que tutelou a área “mais fraca” do Governo.

“Teremos um pouco a vida mais facilitada que o normal porque o Partido Socialista não foi efectivamente feliz na escolha da sua lista. E não foi particularmente feliz na escolha do seu cabeça-de-lista [o ex-ministro Pedro Marques]”, disse hoje Rui Rio na Figueira da Foz, discursando no encerramento da Universidade Europa, perante cerca de 70 jovens militantes e simpatizantes da JSD.

Referindo-se ao anterior ministro do Equipamento e das Infra-estruturas, cargo que Pedro Marques exerceu no actual Governo até ser anunciado como cabeça-de-lista do PS às eleições europeias de 26 de Maio, Rui Rio disse que quando Portugal precisa de investimento “o PS foi escolher para seu cabeça-de-lista exactamente o símbolo contrário” desse investimento.

“O símbolo daquele que tendo tutelado o investimento público, durante todo o tempo em que foi ministro, tutelou a área mais fraca do Governo, que tem uma performance perto de zero”, observou o presidente do PSD.

Os últimos números mostram que o PSD deverá manter o número de eurodeputados que elegeu há cinco anos, quando concorreu em coligação com o CDS. A projecção do Parlamento Europeu com base em sondagens nacionais dá a possibilidade de os sociais-democratas elegerem seis eurodeputados.

Sondagens que Rui Rio desvaloriza. Ainda este sábado, reagindo às primeiras sondagens do ICS/ISCTE para a SIC/Expresso, que concluía que a maioria dos portugueses considera que o Governo está a fazer um “bom” trabalho, o líder social-democrata considerou que “não faltam greves e manifestações a atestar este avassalador contentamento”, disse.

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