Receitas turísticas sobem 10% até Novembro para 15.549 milhões

Saldo da rubrica de viagens e turismo passou de 10.183 milhões de euros para 11.227 milhões, segundo dados do Banco de Portugal.

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Turismo suporta excedente da balança de serviços Nelson Garrido

As receitas turísticas aumentaram 10% nos primeiros 11 meses de 2018, somando 15.549 milhões de euros, face aos 14.132 milhões obtidos em igual período de 2017, revelou hoje o Banco de Portugal (BdP).

De acordo com o banco central, o excedente da balança de serviços cresceu 1033 milhões de euros até Novembro, “essencialmente devido à rubrica de viagens e turismo, cujo saldo passou de 10.183 milhões de euros para 11.227 milhões de euros”.

Em sentido contrário, o défice da balança de bens aumentou 2459 milhões de euros no período em análise.

Segundo as estatísticas da balança de pagamentos do BdP, até Novembro de 2018 o défice da balança de rendimento primário situou-se em 5.334 milhões de euros, superando o défice de 4.700 milhões de euros verificado em igual período de 2017.

Este aumento do défice “resultou sobretudo do aumento dos dividendos pagos a entidades não residentes em Portugal”.

Nos primeiros 11 meses de 2018, o saldo conjunto das balanças de pagamentos corrente e de capital fixou-se em 863 milhões de euros, um valor abaixo dos 2513 milhões de euros registados no período homólogo, avançou a instituição.

Até Novembro, as exportações de bens e serviços cresceram 5,6% (5,2% nos bens e 6,3% nos serviços) e as importações aumentaram 7,8% (8,3% nos bens e 5,4% nos serviços), segundo o BdP.

O saldo da balança financeira registou um aumento dos activos líquidos de Portugal face ao exterior de 1293 milhões de euros.

O banco central refere que para esta evolução “contribuíram o sector financeiro, com o investimento em títulos de dívida emitidos por não residentes, e o Banco de Portugal, por via da redução de responsabilidades junto do Eurosistema”.

“Por outro lado – acrescenta – o investimento de não residentes no capital das sociedades não financeiras residentes e em títulos de dívida pública representou, para ambos os sectores, uma diminuição dos activos líquidos sobre o exterior”.

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