Nuno Amado será reconduzido à frente do BCP

Os grandes accionistas do BCP, Fosun e Sonangol, vão reconduzir Nuno Amado como presidente executivo do maior banco privado português no triénio 2018-2020. A decisão está tomada e terá já a anuência do Banco Central Europeu, por recomendação do Banco de Portugal.

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pedro cunha /Arquivo

Os indícios de que Nuno Amado, de 59 anos, voltaria a ser a escolha dos grandes accionistas do BCP surgiram no final de 2017, quando o banqueiro começou a fazer sondagens para formalizar convites para os novos órgãos sociais.

Um processo em que enfrentou dificuldades quando se tratou de preencher a quota reservada à nomeação de mulheres, nomeadamente para exercerem funções no Conselho de Administração não executivo. Um dos nomes que está a ser mencionado em círculos restritos do meio bancário, como podendo ir para o BCP, é o de Esmeralda Dourado, ex-SAG, a gestora escolhida pelos bancos para dirigir a plataforma de gestão do crédito malparado.

Tudo indica ainda que a Comissão Executiva do BCP liderada desde 2012 por Nuno Amado (ex-Santander) não irá sofrer grandes alterações, ainda que se admita internamente que José Iglésias Soares possa ter manifestado vontade de sair. Na actual equipa de gestão estão Miguel Bragança, Conceição Lucas, Miguel Maya Dias Pinheiro, José Miguel Pessanha, Rui Teixeira e João Palma.

Também o actual vice-presidente Carlos Silva, do Banco Atlântico, pode estar de saída da administração não executiva, por ter deixado de cumprir os critérios que permitiam que continuasse no BCP como independente. Isto num contexto de desinvestimento dos interesses angolanos no banco. O gestor angolano tem estado, por outro lado, envolvido numa polémica judicial, relacionada com a denominada Operação Fizz.

Sabe-se ainda que o actual Conselho de Administração liderado por António Monteiro deverá ser reduzido dos actuais 23 elementos, por recomendação do BCE que defende um máximo de 17. O BCP contrapõe com 19 membros. Monteiro foi indicado pela Sonangol para ser "chairman" mas tem sido ele a acompanhar os accionistas chineses da Fosun nas conversas que decorrem em Frankfurt sobre o futuro do maior banco privado português. 

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