Cinco amigos argentinos entre as vítimas do ataque em Nova Iorque

Buenos Aires confirmou morte de turistas que visitavam Manhattan para celebrarem efeméride com 30 anos.

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A carrinha "pick up" invadiu uma ciclovia e atropelou diversas pessoas, matando oito Reuters/SOCIAL MEDIA
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Seis das mortes ocorreram no local, duas outras pessoas acabaram por perder a vida num hospital próximo, segundo a polícia de Nova Iorque LUSA/JUSTIN LANE
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Estragos provocados pela carrinha num autocarro Reuters/SOCIAL MEDIA
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O condutor foi baleado no abdómen e está internado em estado grave LUSA/JASON SZENES
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Este é o primeiro atentado mortal em Manhattan depois do 11 de Setembro Reuters/ANDREW KELLY

Seis das oito vítimas mortais do ataque de terça-feira à noite em Nova Iorque perderam a vida no local onde foram atropelados, na terça-feira. Cinco deles eram velhos amigos, de nacionalidade argentina, que estavam de visita à cidade, para celebrarem o 30.º aniversário da conclusão do ensino secundário. Confirmada está também a morte de uma cidadã belga. Na sequência do ataque, de cariz terrorista, segundo as autoridades norte-americanas, o Presidente dos EUA veio a público anunciar um "reforço" nas fronteiras das medidas de segurança e verificação de entradas de estrangeiros no país.

Foi o próprio ministério dos Negócios Estrangeiros argentino a confirmar a morte dos cidadãos do seu país, depois de uma carrinha pick up, conduzida por um homem, de 29 anos, cuja identificação e fotografia já foram revelados, ter entrado por uma ciclovia na baixa de Manhattan, na terça-feira à noite. Sabe-se que uma sexta vítima mortal é de nacionalidade belga, segundo informou o governo de Bruxelas.

O condutor do veículo foi baleado no abdómen. Encontra-se em estado grave, num hospital sob custódia policial. As autoridades afirmam que o suspeito deste ataque terá trabalhado sozinho em ligação ao grupo jihadista Daesh.

Citada pela Reuters, uma fonte policial não identificada descreve o suspeito como sendo um imigrante do Uzbequistão, Sayfullo Saipov. Segundo as cadeias de televisão CNN e NBC, o suspeito estaria a viver nos EUA desde 2010, tendo passado pelos estados da Flórida, Pensilvânia e do Ohio. Actualmente, diz a Reuters, viveria em Paterson, no estado vizinho da Nova Jérsia, uma localidade onde vivem 25 mil a 30 mil muçulmanos, segundo a mesma agência de notícias. Foi condutor de pesados e também de passageiros, pela Uber, antes deste ataque em Nova Iorque.

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Foto de Sayfullo Saipov, de 29 anos, condutor que terá atacado em Nova Iorque pelo Daesh ABC NEWS

O governo uzbeque informou nesta quinta-feira de manhã que estava a tentar confirmar as informações disponibilizadas sobre o condutor do veículo, que acabou por desferir o primeiro atentado mortal em Manhattan desde 11 de Setembro de 2001, utilizando a mesma estratégia usada noutros ataques reivindicados pelo Daesh na Europa. A arma foi um carro, tal como aconteceu no passado em Nice, Paris, Barcelona, Berlim ou Londres. 

Apesar das suspeitas sobre eventuais ligações ao terrorismo islamista, o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, frisou que o atacante terá actuado sozinho. "Não há nenhum indício ou prova de que haverá um esquema mais alargado, com mais gente. Isto foi acção de um homem que quis causar dor e morte", referiu Cuomo, numa conferência de imprensa relatada pela agência Reuters.

Duas horas depois da primeira reacção pública, o Presidente Donald Trump utilizou o Twitter para anunciar que mandou "reforçar" as medidas de prevenção e segurança nas alfândegas e fronteiras terrestres do país. "Ser politicamente correcto é bom, mas não para isto", exclamou Trump, na mesma mensagem em que informava que as autoridades americanas iriam apertar a segurança junto dos estrangeiros que pretendem entrar no país.

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