De camionista à Uber, Saipov ganhou a vida ao volante antes do ataque em Manhattan

Sayfullo Saipov, de 29 anos, terá chegado aos Estados Unidos em 2010.

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O autor do ataque alugou uma pickup e entrou com o veículo numa ciclovia Reuters/ANDREW KELLY

O homem suspeito de ser o autor do ataque de terça-feira à noite na baixa de Manhattan, Nova Iorque, é Sayfullo Saipov, que entrou por uma ciclovia com uma carrinha pick up alugada,e  terá deixado uma nota a dizer que actuou em nome do grupo jihadista Daesh.

Saipov, de 29 anos, é natural do Uzbequistão. Terá chegado em 2010 aos Estados Unidos, onde foi condutor de pesados, passando depois a trabalhar como motorista da Uber. A multinacional, diz o New York Times, confirmou que Saipov trabalhava ao serviço dos transportes associados à plataforma da Uber, não sendo, porém, claro se exercia essas funções actualmente ou se o fez no passado.

Algumas das informações que têm vindo a ser reveladas pela imprensa americana sobre Saipov partem dos relatos de pessoas que se cruzaram com o homem quando este era recém-chegado.

Ao Washington Post, Dilnoza Abdusamatova, de 24 anos, contou que Saipov estará nos Estados Unidos há cerca de seis anos. Os pais de ambos eram amigos e por isso Saipov ficou a viver com a sua família nas primeiras semanas, na cidade de Cincinnati, no Ohio.

Mais tarde, terá ido viver para Tampa, na Flórida, onde começou a trabalhar numa empresa de transportes de pesados. Abdusamatova diz ter perdido contacto com Sayfullo Saipov nos últimos anos, referindo que a família pensa que, cerca de um ano depois de o homem ter chegado aos Estados Unidos, o uzbeque terá casado e sido pai de dois filhos.

Quando entrou nos Estados Unidos e começou a procurar trabalho, Sayfullo não dominava totalmente o inglês, contou ao New York Times Bekhzod Abdusamatov, de 22 anos.

Depois de uns primeiros tempos na Flórida – há relatos de que terá vivido em Tampa e em Fort Myers –, Saipov ter-se-á mudado para o estado de Nova Jérsia, começando a trabalhar para a Uber. Os media americanos referem que terá vivido na cidade de Paterson.

Um responsável da empresa, citado pelo New York Times, fez saber que a multinacional tem estado em contacto com o FBI. “Vamos continuar em contacto próximo com as autoridades policiais e o FBI para ajudar na investigação”.

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