Em nome da coerência, Cavaco Silva “só pode vetar” o Orçamento, diz CGTP

Arménio Carlos afirmou hoje que se o Presidente da República “for coerente, só pode vetar” a proposta do Orçamento do Estado.

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O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, discursa às 16h15, em frente à Assembleia da República Rui Gaudêncio

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou esta quinta-feira que Cavaco Silva deve vetar a proposta para o Orçamento do Estado para 2013 em nome da coerência, tendo em conta as declarações do Presidente da República de dia 7 de Setembro, quando este afirmou que os portugueses não aguentavam mais sacrifícios.

 

“O que temos é uma proposta que insiste e agrava sobre todos os que têm sido penalizados”, disse Arménio Carlos numa conferência da CGTP, citado pela Lusa: “[se o Presidente] for coerente, só pode vetar”, concluiu.  <_o3a_p>O dirigente sindical referiu-se também à possibilidade de a proposta para o Orçamento do Estado para 2013 (OE 2013) ser inconstitucional, apontando novamente ao Presidente da República. Arménio Carlos sublinhou que a CGTP já pediu “há cerca de três semanas” uma audiência com Cavaco Silva, e que o Presidente deve ouvir “aqueles que identificam matérias que são inconstitucionais”.<_o3a_p>Esta quinta-feira foi também dia de uma audiência parlamentar que juntou o Partido Socialista e a CGTP, parte de uma ronda de encontros entre o partido parceiros sociais. À saída, Joaquim Dionísio, da central sindical, não deixou acusações de parte para o PS – partido que assinou o primeiro memorando de entendimento com a troika – mas foi ao Governo que as críticas mais duras se dirigiram.<_o3a_p>Joaquim Dionísio afirmou que “há outras condições” que o Governo deve procurar. “É preciso renegociar a dívida, alargar os prazos. Este caminho não vai pagar coisa nenhuma, todos nós percebemos isso”, cita a Lusa. <_o3a_p>Para terça-feira, dia de votação do OE no parlamento, a CGTP convocou uma concentração junto à Assembleia da República, num esforço para que “o documento não chegue a ver a luz do dia”, disse Arménio Carlos. <_o3a_p>
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