Equipa de Paulo Macedo inicia funções na CGD a 1 de Fevereiro

José João Guilherme, Maria João Carioca, Francisco Cary, Nuno Martins, Tudela Martins e João Brito integram a nova gestão executiva.

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Paulo Macedo substitui António Domingues evr Enric Vives-Rubio

O Ministério das Finanças acaba de anunciar que o Banco Central Europeu (BCE) deu por terminada a sua avaliação positiva à idoneidades e competência dos sete membros da nova comissão executiva da CGD, chefiada por Paulo Macedo, que assumem as funções a 1 de Fevereiro. O regulador europeu pronunciou-se ainda favoravelmente sobre o nome de Rui Vilar, indicado para chairman, presidente não executivo.  

Para além de ex-ministro da Saúde de Pedro Passos Coelho, o novo presidente da CGD, Paulo Macedo, foi ex-director-geral dos Impostos entre 2004 e 2007, e pertence aos quadros do BCP, onde chegou a integrar a polémica gestão presidida por Carlos Santos Ferreira.

O BCE validou as nomeações para a CGD de toda a equipa de Paulo Macedo: Tudela Martins, (que pertencia à gestão de António Domingues); José João Guilherme, ex-administrador do Novo Banco e do BCP; Maria João Carioca, que já esteve na CGD com José de Matos; Francisco Cary, ex-BESI e ex-Novo Banco; Nuno Martins, ex-Barclays e ex-Citigroup, e até agora adjunto de Mourinho Félix, secretário de Estado do Tesouro e Finanças; José Brito, o único que pertence aos quadros do banco público, onde era director central. Também Rui Vilar, nomeado chairman da CGD, recebeu luz verde. Entre outros cargos, Vilar foi ministro, presidente da CGD, da Fundação Gulbenkian e da REN.

 A decisão do BCE é anunciada 25 dias depois do ex-presidente António Domingues ter deixado a instituição, que tem sido administrada desde aí por três gestores, sendo que apenas João Tudela Martins, ex-BPI, se manterá em funções com Macedo.

Uma das tarefas do novo presidente executivo é aplicar o programa de recapitalização da CGD, em 5.200 milhões, e cuja primeira fase arrancou a 4 de Janeiro. Nessa data, o capital da CGD foi aumentado em 1444 milhões de euros, por conversão em capital de 945 milhões de euros (e respectivos juros) do empréstimo de instrumentos de capital contingentes (CoCos) subscritos pelo Estado em 2012. A esta quantia juntam-se mais cerca de 500 milhões de euros, resultantes da passagem para a CGD das acções da Parcaixa que estavam nas mãos da Parpública.

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