A Noite do Dia 12, Napoleão e outros filmes para ver esta semana

Estreias e não só: o Ípsilon e o Cinecartaz trazem mais uma lista de filmes que estão disponíveis para si esta semana.

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A Noite do Dia 12
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Napoleão
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Albert Brooks: Defending My Life
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O Caçador
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Estado de Guerra
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Yohan, um detective da polícia de Grenoble (França), vive obcecado pelo horrível homicídio de Clara Royer, de 21 anos. Há uns anos, na noite de 12 de Outubro de 2016, Clara deixou a casa de uma amiga após uma festa. Pouco tempo depois, sabe-se que se cruzou com um homem que a borrifou com gasolina e a incendiou. Na altura, a polícia interrogou uma série de suspeitos, sem nunca chegar ao homicida.

Um filme de suspense realizado por Dominik Moll (O Monge), a partir de um argumento seu e de Gilles Marchand que tem por base um dos casos relatados no livro de não-ficção 18.3: Une Année à la PJ, no qual a escritora Pauline Guéna descreve o dia-a-dia das brigadas da Polícia Judiciária de Versalhes.

A Noite do Dia 12 foi nomeado para dez prémios Césares, arrecadando seis: melhor filme, realizador, argumento adaptado, actor secundário, actor revelação e som. O elenco inclui Bastien Bouillon, Bouli Lanners, Anouk Grinberg, Théo Cholbi, Johann Dionnet, Thibault Evrard, Julien Frison, Paul Jeanson, Mouna Soualem e Pauline Serieys.

Críticas, salas e horários

Realizado por Ridley Scott, escrito por David Scarpa e protagonizado por Joaquin Phoenix, um épico de cavalaria sobre a ascensão e queda do imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821), ainda hoje considerado um dos maiores comandantes da história.

Alistado, bastante jovem, nas forças da Revolução Francesa como oficial de baixa patente, Napoleão foi escalando as hierarquias e liderando várias campanhas militares bem-sucedidas durante as Guerras Revolucionárias Francesas, que ocorreram entre 1792 e 1802.

Revelando-se um estratega brilhante, tornou-se imperador de França entre os anos 1804 e 1814 (e, posteriormente, em 1815, durante o seu Governo dos Cem Dias), comandando grande parte da Europa continental antes do seu colapso final. O filme acompanha também a relação, algo obsessiva, com a sua mulher, Josephine (Vanessa Kirby), que conheceu em 1795 e que amou até ao fim dos seus dias.

Críticas, salas e horários

Na 11.ª temporada de Calma, Larry!, Albert Brooks, na versão exagerada dele próprio, que tem aperfeiçoado na televisão e no cinema ao longo de 50 anos, faz um funeral em vida para se ver a ser homenageado. Como é comum na obra de Larry David, criador e protagonista da série, acaba com Brooks a ser vilipendiado. Albert Brooks: Defending My Life, um novo documentário realizado por Rob Reiner que parte de uma conversa com Brooks (seu amigo desde o liceu), num restaurante em Los Angeles, é um pouco como esse funeral.

Nas suas aparições televisivas em talk shows, Brooks criou comédia alternativa, conceptual, inovadora, pós-moderna e metarreferencial. Também fez, mais tarde, várias vozes em Os Simpsons, e, antes disso, por ter rejeitado ser apresentador fixo, levou a que houvesse anfitriões diferentes todas as semanas em Saturday Night Live, inventando também a ideia de haver curtas-metragens filmadas longe do estúdio nesse programa.

Também escreveu um livro e gravou álbuns. E construiu um invejável corpo de trabalho enquanto realizador, argumentista e actor. Fez sete filmes, sendo os primeiros quatro, Real Life, Modern Romance, Lost in America e Em Defesa da Vida, clássicos absolutosdestes, só o quarto teve estreia em Portugal.

Rodado em 2021, misturando a conversa de ambos, imagens de arquivo e entrevistas a figuras conhecidas, desde Sharon Stone, Steven Spielberg, Chris Rock, Larry David, James L Brooks, Conan O'Brien, Sarah Silverman ou Jonah Hill, este documentário é uma celebração da carreira de um dos grandes génios da comédia americana do século XX, uma referência para muitos humoristas da actualidade.

Disponível na HBO Max

Vencedor de cinco Óscares em 1979 entre os quais o de melhor realizador para Michael Cimino e de melhor actor secundário para Christopher Walken , este é um dos filmes mais polémicos sobre o Vietname, a par de Apocalypse Now (1979), estreado numa América ainda em convalescença da guerra.

Michael (Robert De Niro), Steven (John Savage) e Nick (Walken) são três jovens operários da Pensilvânia prestes a partir para o Vietname. Antes da partida, Steven casa-se e a festa serve também de despedida dos três rapazes. Enquanto Steven goza a sua noite de núpcias, Michael e Nick partem para uma última caçada com os amigos de juventude.

A segunda parte do filme retrata, com crueza, a violência da guerra que irá marcar para sempre a vida dos três amigos. Bom exemplo desse horror é o jogo de roleta russa que os jovens, presos pelos soldados vietcongues, são obrigados a jogar uns contra os outros. No regresso, as marcas físicas e emocionais que cada um carrega tornam-nos estranhos na sua própria terra.

Dia 25 de Novembro, às 17h30, na Cinemateca Portuguesa.

Estreado em 2008, esta é uma invulgar abordagem cinematográfica da guerra, com o conflito no Iraque como pano de fundo, em que se questiona o lado vicioso da batalha.

Kathryn Bigelow filma o dia-a-dia de uma unidade de elite do Exército que desmantela bombas em Bagdad, penetrando na intimidade e na mente de homens que foram para a guerra como voluntários e para quem o campo de batalha tanto significa adrenalina, como atracção e vício.

Um pelotão numa cidade de potenciais inimigos em que qualquer objecto pode ser uma bomba. Mas o perigo não está exclusivamente no campo de batalha nem o inimigo apenas do outro lado da barricada.

Mark Boal, jornalista e argumentista, utiliza as suas próprias experiências ao lado de soldados americanos no Iraque para construir este argumento (como já tinha feito em No Vale de Elah, de Paul Haggis).

Na cerimónia dos Óscares de 2010, Estado de Guerra recebeu seis estatuetas: de melhor filme, realizador, montagem, montagem de som, mistura de som e argumento original.

Dia 26 de Novembro, às 22h30, no Cinemundo.

Com Rodrigo Nogueira

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