A arruada no Chiado que juntou Marcelo, Santana e Lili Caneças

Passos alerta para o risco de haver "arranjos e arranjinhos" para aprovar Orçamento.

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Miguel Manso
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Ao som de gritos repetidos Portugal, Portugal, a caravana da coligação desceu o Chiado, com centenas de pessoas, partindo do largo do Carmo. Aí chegou ao início o ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa, um possível candidato presidencial que atraiu a atenção dos jornalistas. “A maioria absoluta vai depender de Lisboa, Setúbal e um bocadinho do Porto”, vaticinou.

Havia música (uma batida mais africana), confetis e gritos a puxar pela maioria ("Quero ver, quero ver maioria no dia 4 quero ver”), mas também alguns momentos de silêncio. E claro muita confusão à volta de Passos Coelho e Paulo Portas, a que se juntou Santana Lopes, outro ex-líder do PSD, que já desistiu de concorrer a Belém.

Ao cortejo juntaram-se ainda ministros (Pires de Lima, Marques Guedes, Assunção Cristas) e Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República. Do largo do Carmo, e com uma bandeira da coligação na mão, a figura da alta sociedade Lili Caneças também começou a percorrer o trajecto.

A arrudada desembocou na Praça da Figueira, onde esperava os apoiantes da coligação um protesto de alguns taxistas contra a empresa de transportes que utiliza a aplicação Uber. Houve algumas escaramuças entre os manifestantes e os apoiantes da coligação. Os seus assobios de protesto ainda se fizeram ouvir durante os discursos de Passos e de Portas, embora as jotas tentassem gritar mais alto por Portugal para abafar o som.

No último comício da campanha, Passos Coelho parecia mais empolgado do que na véspera no Porto. “Esta coligação apresenta-se aos portugueses para durar”, afirmou, alertando para o risco de virem a existir “arranjos e arranjinhos” para ver aprovado o Orçamento.

Na dramatização contra o esquerdismo do PS houve até um momento de mea culpa. “Podemos não ter feito tudo bem, talvez pudessemos ter feito alguma coisa de outra maneira, mas pusemos Portugal à frente”, afirmou, ao lado da ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, e da ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz.

Para puxar pela maioria, o candidato a primeiro-ministro alertou para os riscos de ficar em casa no domingo: “Imaginem que os portugueses me escolhiam a mim para primeiro-ministro e na segunda-feira acordarem com António Costa como primeiro-ministro”. O outro argumento para puxar pelo voto e encostar o PS mais à extrema-esquerda foi lançado por Paulo Portas: “Esta coligação governa ao centro. O PS abriu as portas aos Syriza cá do sítio para se aproximar do poder”.

Já depois do discurso de Passos Coelho, Portas aproveitou o púlpito vazio para as últimas palavras da noite: “No domingo e depois de domingo é dar tudo”. 

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