Descoberta de vestígios arqueológicos atrasa obra do “metrobus” no Porto

Empresa diz que “foram encontrados vestígios arqueológicos – nomeadamente um conjunto de fossas, situadas sob o canal “metrobus” – que vão obrigar à realização de sondagens exploratórias”.

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Investimento no "metrobus" é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência e chega aos 66 milhões de euros Nelson Garrido

A descoberta de vestígios arqueológicos na Avenida Marechal Gomes da Costa, no Porto, vai atrasar a obra da linha de "metrobus", com a Metro do Porto a estimar esta quarta-feira condicionamentos de trânsito naquela artéria até Outubro.

Numa carta enviada esta quarta-feira aos moradores, a empresa Metro do Porto, responsável pela obra, refere que, no âmbito dos trabalhos que decorrem entre a Avenida Marechal Gomes da Costa e a Praça do Império, "foram encontrados vestígios arqueológicos – nomeadamente um conjunto de fossas, situadas precisamente sob o canal "metrobus" – que vão obrigar à realização de sondagens exploratórias mais profundas".

Estas escavações arqueológicas, obrigatórias por lei, "visam avaliar o eventual valor histórico deste património e, em termos práticos, impedem o desenvolvimento da obra de acordo com o planeamento que estava definido", explica a empresa, estimando que as sondagens se prolonguem por três semanas.

Assim, enquanto decorrerem as escavações arqueológicas, o condicionamento do trânsito na Avenida Marechal Gomes da Gosta manter-se-á entre a zona de Cristo Rei e a Praça do Império, numa extensão de cerca de 700 metros.

"Vão continuar ocupadas as faixas da esquerda de ambos os lados, circulando-se em cada sentido apenas pela via da direita. Após a conclusão daquelas escavações, esta fase da obra será retomada e concluída. Em concreto, finalizando a instalação da nova rede de semaforização e colocando um novo pavimento", descreve a Metro.

O corte das faixas da esquerda da Avenida Marechal Gomes da Costa, que teve início a 16 de Agosto, estava previsto por um mês.

Aquando do arranque da empreitada naquele troço da futura linha de "metrobus", a empresa salientava que os condicionamentos de trânsito decorreriam "numa altura de férias escolares, sendo por isso o impacto menor".

Na carta, datada desta quarta-feira, a Metro do Porto lamenta os "incómodos que o alargamento do prazo da obra possa causar".

O novo serviço da Metro do Porto ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) em Junho de 2024, com recurso a autocarros a hidrogénio, circulando em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.

O investimento no "metrobus" é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e chega aos 66 milhões de euros, valores sem IVA, e as obras arrancaram no final de Janeiro.

Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

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