António Costa entre a dissolução e um teatro de sombras

Costa tem de perceber que o pântano da TAP minou a relação do país com o Governo. Já não está em causa apenas a incompetência ou o devorismo do PS: está a suspeita de falta de escrúpulos

As revelações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da TAP expuseram com crueza a alma íntima do Governo: negligente, eticamente volúvel, dilacerado pelas lutas internas e deslumbrado com a maioria absoluta. Um Governo assim costuma ter como destino o caixote de lixo da História. Não aqui, não agora. Essa receita com que as democracias se regeneram e com que os cidadãos se reconciliam com os seus valores nada resolveria. Portugal está refém da conjuntura. Vive na corda bamba, a ter de olhar em frente para manter o equilíbrio precário.

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