Príncipe William desabafa que caminhou atrás do caixão da avó a pensar na mãe, Diana

“A caminhada de ontem foi desafiante”, confessou o novo príncipe de Gales à multidão, referindo-se às memórias que vieram ao de cima: as de acompanhar o cortejo fúnebre da princesa Diana, há 25 anos, quando ele tinha apenas 15.

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Os dois irmãos a seguir o cortejo fúnebre da avó esta quarta-feira EPA/TOLGA AKMEN
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Os príncipes de Gales observam os ramos de flores deixados a Isabel II em Sandringham Reuters/TOBY MELVILLE
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William posa para uma fotografia Reuters/TOBY MELVILLE
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Os príncipes de Gales cumprimentam a multidão Reuters/TOBY MELVILLE
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William recebe as flores Reuters/TOBY MELVILLE

O príncipe William deixou uma confissão à multidão que prestava a sua homenagem à rainha Isabel II em Sandringham: caminhar atrás do caixão da avó foi desafiante e trouxe de volta más memórias. O herdeiro do trono referia-se à morte da mãe, a princesa Diana, há 25 anos, quando tinha apenas 15 anos e seguiu o cortejo fúnebre ao lado do irmão Harry.

A imagem que ficou para a história dos dois adolescentes destroçados por uma morte na família voltou a repetir-se esta quarta-feira na procissão solene que levou o caixão de Isabel II do Palácio de Buckingham para as Casas do Parlamento, em Westminster.

“A caminhada de ontem foi desafiante”, admitiu William ao público que lhe entregava ramos de flores em homenagem à rainha na propriedade de Sandringham, localizada em Norfolk, onde ele e a mulher Kate, princesa de Gales, passaram a tarde. “Trouxe-me de volta algumas memórias”, reforçou o filho mais velho de Carlos III.

Não é a primeira vez que os irmãos — afastados ao longo dos últimos dois anos, depois de Harry ter abandonado os deveres reais — falam sobre o trauma causado pela prematura morte da mãe aos 36 anos, na sequência de um acidente de automóvel em Paris. Ter de caminhar atrás do caixão, apesar da dor que sentiam, admitem os príncipes, foi um momento marcante da vida de ambos.

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Reuters

Ainda que ambos os momentos possam ser comparáveis, pela multidão nas ruas e a solenidade dos cortejos fúnebres, as circunstâncias desta vez são muito diferentes: William já tem 40 anos e Isabel II morreu aos 96 anos, “pacificamente”, no castelo de Balmoral, na Escócia.

Rei tira dia de descanso

Enquanto William e Kate passaram o dia em Sandringham para visitar as homenagens feitas à rainha naquela região, o novo rei tirou esta quinta-feira como dia de reflexão, avançava o The Guardian, esta manhã.

O monarca e a rainha consorte Camila rumaram a Gloucestershire na noite de quarta-feira para uma “pausa”, considerada necessária para preparar os próximos dias, antes do funeral marcado para segunda-feira, 19 de Setembro. Provavelmente, irá passá-los a analisar os primeiros documentos de Estado que lhe foram entregues, após a morte da mãe, na icónica caixa vermelha.

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O conde de Wessex em Manchester Lusa/Adam Vaughan

Já a princesa Ana passou o dia em Glasgow, na Escócia, onde se encontrou com os responsáveis de algumas organizações de solidariedade social que tinham Isabel II como patrona.

Por sua vez, os condes de Wessex, Eduardo e Sofia, deslocaram-se a Manchester para agradecerem os tributos à rainha que têm sido deixados na praça principal daquela cidade. Em seguida, acenderam uma vela em memória da soberana na catedral.

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Chegou ao trono há 70 anos, e teve o mais longo reinado da história do Reino Unido. A rainha Isabel II morreu aos 96 anos.

Carla B. Ribeiro,Joana Bourgard,Carolina Pescada
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