CNE de Angola não recebeu denúncias de irregularidades partilhadas online

Durante o dia de quarta-feira circularam nas redes sociais vídeos sobre detenções de delegados de lista e assembleias de voto em que muitos eleitores não conseguiram votar por terem fechado antes da hora prevista.

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Não há previsão para o horário da divulgação de resultados finais EPA/PAULO NOVAIS

O porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana diz que não foram recebidas quaisquer denúncias oficiais sobre irregularidades durante o processo de votação para as eleições gerais desta quarta-feira. A informação foi avançada durante o último briefing sobre as eleições.

“A CNE não recebeu, de forma oficial, qualquer referência a irregularidades”, salientou Lucas Quilundo.

Durante o dia circularam nas redes sociais vídeos sobre detenções de delegados de lista, assembleias de voto em que muitos eleitores não conseguiram votar por terem fechado antes da hora prevista e dificuldades no credenciamento de delegados.

“Se isto tiver ocorrido, é provável que tenha sido no âmbito do exercício das funções próprias dos órgãos que têm a responsabilidade da manutenção da ordem”, sugeriu Quilundo.

Quanto aos eleitores que foram “deslocalizados” para outras assembleias de voto, afirmou que “tem de ser visto caso a caso e em presença de dados concretos”.

“Não temos referência a nível nacional de que tivesse ocorrido alguma situação que viesse a colocar em causa essa caracterização com êxito do processo”, reforçou Quilundo, frisando não ter em sua posse quaisquer denúncias que tenham vindo de fonte oficial.

O responsável referiu igualmente que não há para já qualquer previsão de divulgação de resultados finais, devendo o processo de contagem prosseguir de forma ininterrupta até que todos votos depositados na respectiva assembleia sejam contados.

As quintas eleições gerais em Angola perpetuam a disputa entre os dois principais partidos do país, o MPLA (Governo) e a UNITA (oposição), que tentam conquistar a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional. João Lourenço, actual Presidente, tenta um segundo mandato e tem como principal adversário Adalberto Costa Júnior.

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