Resistir é a palavra de ordem do orçamento

Entre fazer um compasso de espera e atacar o problema imediato ou apostar no êxito de um orçamento reformista para o futuro quando a casa está a arder no presente, o Governo merece o benefício da dúvida.

Cumpriram-se as expectativas. O Orçamento de Estado para o que resta de 2022 apresenta reforços na política social ou nas medidas de mitigação dos efeitos da inflação, mas está longe de revelar um plano para o futuro do país. O ministro das Finanças, Fernando Medina, reconhece-o ao dizer que daqui a dois meses começa a preparar-se o orçamento do próximo ano; ao sublinhar a urgência de ter um orçamento aprovado para debelar a conjuntura; ao avisar que só tomou posse há 15 dias. Mesmo que Medina se reveja nesta proposta de lei e assuma sem equívocos a “responsabilidade” de a executar, o Orçamento é, como ontem aqui escrevemos, um compasso de espera.

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