Não há crime, disse ele

A nomeação de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal é um espelho do nosso atraso institucional. Há crime? Não há. É politicamente criminoso? Sem dúvida que é.

Para defender a ida de Mário Centeno para o Banco de Portugal, e para o proteger daquilo que diz ser uma lei ad hominem aprovada no Parlamento, António Costa perguntou ontem aos jornalistas: “Mário Centeno cometeu algum crime?” Vale a pena pararmos um bocadinho para reflectir sobre esta frase, porque não é todos os dias que alguém diz tanto com tão pouco. A pergunta tem apenas cinco palavras, mas ela é um resumo perfeito de cinco séculos de atraso português.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 65 comentários