Rendas das casas continuam a subir, mas com sinais de abrandamento

Variação homóloga do valor das rendas está acima dos 10% há um ano e meio. Aumentos são ainda mais elevados em Lisboa e Porto.

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Rendas no Porto registam as subidas mais elevadas Adriano Miranda / Publico

O valor das rendas pagas para habitação em Portugal registou no terceiro trimestre de 2018 uma subida de 11,1% face ao mesmo período do ano anterior, prolongando para um ano e meio o período de tempo em que se registam variações superiores a 10%. Ainda assim, confirma-se também a tendência de abrandamento que se regista desde o início do ano passado.

De acordo com os dados publicados esta segunda-feira pela Confidencial Imobiliário, o Índice de Rendas Residenciais (indicador que regista a evolução das rendas de habitação efectivamente contratadas em Portugal Continental) registou no terceiro trimestre de 2018 um crescimento de 1,3% face aos três meses imediatamente anteriores e de 11,1% face ao período homólogo de 2017.

Estes números revelam a existência de um abrandamento face ao ritmo verificado no segundo trimestre de 2018, altura em que a variação face ao trimestre anterior foi de 2,4% e a variação face ao período homólogo foi de 11,2%. Desde o início de 2018 que esta tendência de abrandamento se verifica. A Confidencial Imobiliário – empresa especializada em recolher e publicar os dados das transacções no mercado imobiliário – destaca contudo que “há cerca de um ano e meio que as rendas apresentam subidas homólogas superiores a 10%, um patamar nunca alcançado em 8 anos”.

É nos grandes centros urbanos que o ritmo de subida das rendas é mais elevado. Em Lisboa, no terceiro trimestre de 2018, o aumento das rendas face ao período homólogo foi de 16,4%, um abrandamento ligeiro quando comparado com os 17% do segundo trimestre. A subida face aos três meses imediatamente anteriores foi de 1,9%, o mesmo valor do segundo trimestre.

No Porto, a subida das rendas é ainda mais forte. A variação homóloga foi de 23,1%, uma subida face ao que tinha acontecido no segundo trimestre. Em cadeia, a variação trimestral foi de 4,7%.  

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