E, por fim, a Ryanair abre as asas em Lisboa

A partir desta terça-feira, a companhia aérea de baixo custo liga Lisboa a quatro destinos europeus com preços promocionais desde cerca de 20 euros por voo

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Nelson Garrido

O dia 26 de Novembro fica na história como a data em que a Portela, por fim, acolhe uma das maiores estrelas da aviação mundial, a Ryanair, a mais icónica das companhias que voam sob o sistema low cost. O primeiro voo do resto da vida alfacinha da Ryanair: Londres Stansted - Lisboa (9h55).

Para já, a empresa assegurará esta ligação (duas vezes por dia), além de voos para Bruxelas (Charleroi), Paris (Beauvais) e Frankfurt (Hahn). Em Abril, estreia rota para Dublin. Os preços mínimos anunciados variam entre cerca de 26 e 30 euros por trajecto (mas no site já se avistavam valores promocionais alguns euros abaixo, desde 19,99€).

A chegada a Lisboa ocorre cerca de uma década após o início de operações da Ryanair em Portugal, no aeroporto de Faro. Dois anos depois seguiu-se o Porto. Ao longo dos anos, foram noticiadas as mais diversas negociações com vista à entrada da empresa na Portela, incluindo avanços e recuos, críticas e polémicas (o elevado custo das taxas aeroportuárias era uma das pedras-de-toque e a Ryanair, por exemplo, chegou a acusar a ANA - Aeroportos de Portugal, agora gerida pelo grupo francês Vinci, de bloquear a entrada da "low cost" em Lisboa).

Para a capital portuguesa, a Ryanair garante ter "muita ambição", segundo disse o vice-presidente executivo da companhia irlandesa, Michael Cawley, aquando da sua passagem por Portugal, em Setembro, para o anúncio oficial da estreia lisboeta.

As rotas já anunciadas garantem cerca de 60 frequências semanais, esperando a empresa movimentar 400 mil passageiros por ano. O investimento, adiantava Cawley, poderia originar "cerca de 400 empregos". Somando as ofertas nos aeroportos portugueses em que opera, a low cost passa a disponibilizar mais de 70 destinos.

No início do ano, o presidente da companhia, Michael O'Leary, tinha revelado estar em negociações com os novos donos da ANA - Aeroportos de Portugal, o grupo Vinci, para avançar com uma base aérea em Lisboa. O grupo francês desmentiria tal processo negocial mas no ar ficaram os números avançados por O'Leary para um potencial futuro da operação na Portela: oito aviões dedicados, 40 novas rotas, quatro milhões de passageiros por ano.

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