Coreia do Norte ameaça EUA: vão pagar "preço alto"

Estados Unidos querem reforçar sanções contra a Coreia do Norte, mas a sua proposta inicial não terá tido o apoio da Rússia e da China.

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Regime de kim Yong Uno avisou que tem uma "arma termonuclear superpoderosa" LUSA/YONHAP

A Coreia do Norte ameaçou nesta segunda-feira os Estados Unidos de que pagará um “preço alto” por insistir em propor um reforço das sanções contra o regime de Pyongyang, que poderá ser votado ainda hoje pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Esta proposta surgiu na sequência do último teste nuclear realizado pela Coreia do Norte a 3 de Setembro e que terá envolvido uma bomba de hidrogénio.

Os Estados Unidos queriam ver aprovado um conjunto de sanções que incluíam um embargo ao fornecimento de petróleo e aos têxteis coreanos bem como o congelamento dos bens que  Kim Jong-un tem no exterior.  Segundo fontes diplomáticas citadas agência Reuters, esta proposta inicial terá contudo esbarrado na oposição da Rússia e da China, que têm poder de veto no Conselho de Segurança da ONU.

Da nova proposta de sanções, a que a Reuters teve acesso, já não consta o congelamento de bens de Kim Jong-un e o impacto do embargo de petróleo é mais reduzido.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano considerou que os Estados Unidos estão “freneticamente” a tentar manipular o Conselho de Segurança da ONU a propósito dos testes nucleares de Pyongyang, classificados pelo regime de Kim como “medidas de legítima defesa”.  “Caso os EUA insistam em fazer aprovar uma resolução ilegal com vista ao endurecimento das sanções, a DPRK [ a sigla em inglês de República Democrática Popular da Coreia] tornará certo que pagarão por isso um preço alto”,  afirmou aquele responsável, em declarações citadas pela agência de notícias oficial KCNA.

Pyongyang “desenvolveu e aperfeiçoou uma arma termonuclear superpoderosa como meio para dissuadir os movimentos cada vez mais hostis dos Estados Unidos”, especificou o mesmo porta-voz, acrescentando que a Coreia do Norte está pronta para causar aos Estados Unidos “uma dor e sofrimento como nunca sentiram na sua história”.

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