Economistas consultados pelo BCE revêem em baixa inflação da zona euro

Banco central continua sob pressão para aumentar combate ao risco de deflação.

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O BCE aumentou o valor mensal das compras de dívida pública e privada para 80.000 milhões de euros Foto: Vincent Kessler/Reuters

Economistas consultados pelo Banco Central Europeu (BCE) reviram em baixa as perspectivas de inflação na zona euro para 2016 e 2017 devido à queda dos preços do petróleo, que justificam a aprovação dos agressivos estímulos monetários.

Os especialistas consultados pelo BCE prevêem agora para 2016 uma inflação de 0,3%, contra uma de 0,7% calculada no anterior questionário.

Mesmo assim prevêem uma inflação de 1,3% para 2017, menos uma décima, e de 1,6% para 2018, esta última como tinham projectado no questionário do primeiro trimestre.

Os economistas consultados pelo BCE estimam uma taxa de inflação a longo prazo de 1,8%, percentagem perto do objectivo da entidade monetária, que é próxima mas abaixo dos 2%.

Os economistas também reviram em baixa, menos duas décimas, as perspectivas de crescimento para este ano para 1,5% e para 2017 para 1,6%.

Tanto como para 2018, como para o longo prazo, os economistas estimam uma taxa de crescimento na zona euro de 1,7%.

Em relação ao desemprego na zona euro, os economistas estimam que a taxa fique em 10,1% este ano, menos duas décimas do que o estimado no primeiro trimestre.

Os referidos especialistas referem que a taxa de desemprego vai ser de 9,7% da população activa na zona euro em 2017 (contra 9,9%) e 9,3% em 2018 (contra 9,4%).

A longo prazo, estes economistas consultados pelo BCE estimam um desemprego na zona euro de 8,8%, menos duas décimas do que o anteriormente calculado.

O Conselho de Governadores do BCE deixou na quinta-feira inalterado o preço do dinheiro em 0% e decidiu continuar a cobrar aos bancos 0,4% pelos depósitos a um dia na entidade bancária.

Em Junho, o BCE vai começar a comprar dívida corporativa de empresas que nãos sejam bancos, incluindo seguradoras, classificada como investimento.

Este mês, o BCE aumentou o valor mensal das compras de dívida pública e privada para 80.000 milhões de euros, mais 20.000 milhões de euros do que no último ano.

No total, o BCE vai aumentar o balanço em 1,7 biliões de euros.

O BCE também vai injectar liquidez a quatro anos a uma taxa de juro nula, estando prevista para Junho a primeira operação de refinanciamento.

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