CGTP defende que Novo Banco deve estar “ao serviço do povo”

Na abertura do XIII Congresso da Intersindical, Arménio Carlos criticou o despedimento de 1000 trabalhadores.

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Arménio Carlos na abertura do congresso em Almada Enric Vives-Rubio

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, criticou nesta sexta-feira o despedimento de mil trabalhadores do Novo Banco e garantiu que podem contar “com a solidariedade activa de todos os sindicatos da CGTP para impedir que esta situação se concretize e para travar este desastre social”, ”.

“Não é aceitável que os trabalhadores do Novo Banco sejam aqueles que têm de pagar com a destruição do seu emprego a factura por negócios, por má gestão e por trafulhices [da anterior gestão]”, disse no discurso de abertura do XIII Congresso da CGTP, que decorre sexta-feira e sábado em Almada.

O líder da Intersindical, que se prepara para iniciar o segundo e ultimo mandato à frente da central, lembrou que ainda há pouco tempo a antiga ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, tinha garantido que a solução encontrada para o banco “não traria mais encargos para a população e para os trabalhadores”, o que acabou por não se verificar.

“Entre perder o dinheiro, o emprego e entregar o Novo Banco de mão beijada à banca espanhola ou aproveitar o que já está e nacionalizar; se o dinheiro está perdido então há que ficar com o banco para que possa ser rentabilizado e pôr o banco ao serviço do povo”, defendeu Arménio Carlos, uma posição muito aplaudido pelos mais de 700 delegados que se sentam nas mesas do Complexo Municipal dos Desportos de Almada e pelas centenas de trabalhadores convidados que preenchem as bancadas superiores do pavilhão.

O Novo Banco anunciou na quinta-feira a saída de 500 trabalhadores por despedimento colectivo, a que se juntarão mais 500, de acordo com o plano de reestruturação aprovado por Bruxelas.

Arménio Carlos: “Este novo quadro político torna-se mais exigente e desafiante para a CGTP”

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