Ricardo Salgado escreve ao Parlamento para reiterar tudo o que disse

Carlos Costa reagiu a Salgado e, agora, é a vez da resposta do ex-banqueiro.

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Salgado e Fernando Negrão durante a audição da última terça-feira Daniel Rocha

A audição de Ricardo Salgado motivou duas cartas do Banco de Portugal (BdP) à comissão de inquérito. Nessas missivas, Carlos Costa refutava, ponto por ponto, algumas das informações prestadas aos deputados pelo ex-banqueiro. Mas a batalha epistolar não terminou…

Desta vez, coube a Ricardo Salgado escrever aos deputados. Com a data de quarta-feira, dia 10, Salgado remete a Fernando Negrão, o presidente da comissão de inquérito, uma carta de três páginas, que começa por estranhar que “precisamente às 18h48”, cerca de meia hora antes de terminar a audição em que participou na terça-feira, já “certos órgãos de comunicação social” noticiassem uma resposta do BdP.

Por isso, Salgado diz sentir-se no “dever” de reiterar “todas as informações” prestadas à comissão. E acentua: “Nunca me foi transmitido que seria inidóneo para o exercício do cargo de administrador do BES.”

Mais: Salgado reafirma a sua disponibilidade “para regressar à comissão”. Num último parágrafo que revela desagrado pela actuação do BdP, Salgado afirma que, “para salvaguarda do funcionamento sereno e ponderado dos trabalhos”, não avançará “comentários fora da sede própria”, nem sobre “os aspectos semânticos com que os factos são interpretados” na carta que o “gabinete do senhor governador do Banco de Portugal se apressou a remeter” à comissão.

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