Obama e o novo “pacto” de Varsóvia

Ontem, na mesma cidade que assistiu, em 1955, à formação da aliança militar do bloco comunista do Leste europeu (e que foi baptizada, por isso, como Pacto de Varsóvia), o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi prometer a esse mesmo Leste uma protecção segura mas cautelosa. Com a rápida evolução, a partir de Moscovo, da ideia de uma Grande Rússia, países como a Polónia, Estónia, Letónia e Lituânia gostariam que lhes tivesse sido garantido um reforço militar permanente, com mais tropas e meios militares na região. E não foi. Haverá, isso sim, um reforço dos exercícios navais no mar Negro e no Báltico, num alerta tenso mas brando face ao renascer do velho gigante ex-soviético. Que a NATO reavalie hoje as suas forças a partir de Varsóvia é apenas uma ironia histórica. Porque os nomes jogados nos novos equilíbrios são outros. E o “pacto” sugerido por Obama tem como base, frágil, um território em convulsão.

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