Sondagem dá ligeira vantagem a PS sobre a direita nas europeias

Socialistas reúnem 34% das intenções de voto, contra 30% da coligação de direita liderada por Paulo Rangel. BE só deverá assegurar um lugar e Marinho e Pinto poderá ser eleito para Bruxelas.

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A vantagem dos socialistas cabe dentro da margem de erro Rui Gaudêncio

A diferença entre PS e PSD/CDS-PP nas eleições europeias pode ser muito curta, de acordo com uma sondagem da Universidade Católica divulgada nesta quinta-feira e que coloca a lista liderada por Francisco Assis, com 34%, apenas quatro pontos percentuais à frente da coligação encabeçada por Paulo Rangel, que se fica pelos 30%.

De acordo com a sondagem realizada para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias, RTP e Antena 1 a ligeira vantagem dos socialistas contraria a ideia de que as eleições europeias são um escrutínio de castigo ao Governo. Aliás, a diferença é de tal forma pequena que está dentro da margem de erro do estudo de opinião.

Em relação aos restantes partidos, em terceiro lugar surge a CDU, com 12% das intenções de voto, seguida do Bloco de Esquerda, que só conquista 5% do eleitorado que participou na sondagem, pelo que só deverá eleger a cabeça de lista, Marisa Matias, quando há cinco anos conseguiu garantir três lugares. Marinho e Pinto, que lidera o MPT, reúne 3% das intenções de voto – o que mostra que ainda poderá ser eleito para Bruxelas. A fechar os cinco primeiros surge o Livre, de Rui Tavares, escolhido por 2% dos inquiridos.

Com estes resultados, as 21 cadeiras portuguesas entre as europeias ficariam maioritariamente na mão do PS e PSD/CDS. Os socialistas podem conquistar entre oito e dez lugares, quando em 2009 ficaram com sete. Já a Aliança Portugal, liderada por Rangel, poderá conseguir entre sete e nove lugares, quando em 2009 o PSD sozinho obteve oito mandatos e o CDS dois. Já a CDU deverá eleger entre dois e quatro eurodeputados, com fortes possibilidades de subir em relação há cinco anos. O Bloco de Esquerda só deverá assegurar um lugar, perdendo dois face às últimas europeias e o MPT poderá ficar com a vaga que resta.

Mas há um factor que ainda pode vir a baralhar os resultados: a abstenção. No caso da sondagem, 52% das pessoas garantiram que vão votar no domingo, mas a afluência às urnas é historicamente baixa nas eleições europeias.

A sondagem da Universidade Católica foi realizada nos dias 17, 18 e 19 de Maio aos indivíduos com mais de 18 anos, recenseados e residentes em Portugal. Foram feitos 2085 inquéritos válidos, com simulação de voto em urna, em 22 freguesias, sendo a margem de erro de 2,1% com um nível de confiança de 95%.

Também nesta quinta-feira foi conhecida uma outra sondagem, realizada pela Pitagórica para o jornal i. Este barómetro de opinião dá uma vantagem maior ao PS, de sete pontos percentuais, que conquistaria assim 36,6% das intenções de voto, seguido pela coligação social-democrata e popular, com 29,1%. Neste caso a CDU ficaria com 9,4% dos votos e Marinho e Pinto conquistaria para o MPT 5,6% dos votos – à frente dos 5,5% da bloquista Marisa Matias.

Em relação ao resultado do MPT, o jornal explica que poderão existir diferenças no dia das eleições, já que no barómetro foi dito aos inquiridos que Marinho e Pinto representava o partido e nos boletins de voto não é feita essa associação. A sondagem foi feita entre 14 e 18 de Maio a 505 pessoas, através de telefone, sendo a margem de erro de 4,4% para um intervalo de confiança de 95,5%. 

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