Bava enaltece benefícios da fusão PT/Oi em véspera de reuniões de accionistas no Rio e em Lisboa

Accionistas vão dar "pontapé de saída" para a fusão em assembleias gerais (AG) destinadas a aprovar a avaliação dos activos que a PT vai incorporar na Oi.

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Zeinal Bava destacou as “vantagens muito importantes” do negócio

O presidente executivo da Oi, Zeinal Bava, reafirmou nesta quarta-feira que a fusão entre esta empresa e a PT vai criar um operador de referência nas telecomunicações em toda a América Latina. Será uma empresa com uma estrutura accionista mais simples, “mais capitalizada e com menor risco financeiro”, e capacidade para levar os serviços de telecomunicações no Brasil a um novo patamar de qualidade, garantiu Bava, numa conferência de imprensa realizada no Rio de Janeiro.

O tema da apresentação foi a parceria assinada entre a Oi TV e a Rede Globo para a introdução de 43 canais HD da Globo na oferta televisiva da Oi, mas, em resposta à pergunta de uma jornalista sobre o tema da fusão, Bava não perdeu a oportunidade de enumerar as “vantagens muito importantes” do negócio, que amanhã passará pelo crivo das AG em Lisboa e no Rio de Janeiro.

Os accionistas da PT e da Oi serão chamados a votar a avaliação dos activos com que a PT vai contribuir para o aumento de capital da Oi. Estes activos que, segundo o Santander, têm um valor que oscila entre 1623 e 1794 milhões de euros, vão ser incorporados na Oi como componente em espécie do aumento de capital.

O aumento de capital proposto pelas administrações das duas empresas tem um limite mínimo de 7000 milhões de reais (2300 milhões de euros) e um objectivo de pelo menos 8000 milhões de reais (2700 milhões de euros). Na componente em dinheiro está definido que os accionistas da Telemar Participações e de um veículo de investimento gerido pelo grupo financeiro brasileiro BTG Pactual subscreverão aproximadamente 2000 milhões de reais (700 milhões de euros) do aumento.

A administração da Oi parte para a AG com o conforto da decisão do regulador do mercado de capitais brasileiro (CVM) que, na terça-feira, chumbou as pretensões de alguns accionistas minoritários da empresa, que pretendiam evitar que os accionistas controladores votassem (e aprovassem) a avaliação dos activos da PT.

Assim, tanto no Rio de Janeiro como em Lisboa, é expectável que a avaliação dos activos da PT seja aprovada sem dificuldade (os dois principais accionistas da PT, BES e Ongoing, que têm 21% da empresa, assinaram o memorando de entendimento assinado entre a PT e a Oi com vista à fusão e estarão representados nos órgãos sociais da nova empresa).

A expectativa é que o aumento de capital ocorra em Abril e que a fusão fique concretizada no início do Verão.

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