Exportações de Agosto estagnadas face ao ano passado

Durante os primeiros oito meses do ano, as exportações cresceram 3,4%.

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A refinaria da Galp continua a ajudar exportações Paulo Ricca

As exportações de mercadorias registaram durante o passado mês de Agosto uma variação nula face a igual período do ano passado, revelou nesta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística. Este resultado em Agosto faz com que, nos últimos três meses, as vendas de bens ao estrangeiro tenham tido um crescimento homólogo de 2,3%, enquanto a variação acumulada desde o início do ano é de 3,4%.

Depois de um mês de Abril muito forte (em que as exportações cresceram 15,3% em termos homólogos), a evolução do comércio externo português tem sido mais moderada. Na terça-feira, o Banco de Portugal reviu em alta a sua estimativa de crescimento para as exportações no total de 2013 de 4,7% para 5,8%.

Enquanto os dados do INE hoje publicados se referem apenas às mercadorias, com variações em termos nominais, os dados do Banco de Portugal incluem também as exportações de serviços (que estão a registar subidas fortes principalmente no turismo) e são em termos reais (retiram o efeito da evolução dos preços).

Na nota publicada nesta quarta-feira, o INE revela que as exportações de mercadorias para a União Europeia cresceram 3,7% em Agosto, enquanto as vendas realizadas para países fora da EU caíram 6,8%, numa inversão da tendência registada nos meses anteriores.

As importações registaram em Agosto uma redução de 3,5% em termos homólogos, que colocou a variação do último trimestre em 3,1% e a dos oitos primeiros meses em -0,4%. O Banco de Portugal também reviu em alta a projecção de variação das importações de bens e serviços no total deste ano, prevendo que cresçam 2%, contra em vez de caírem 1,8%.

Os combustíveis continuam a desempenhar um papel fundamental tanto ao nível das exportações como das importações. As vendas ao estrangeiro (animadas pela construção de uma nova unidade de produção da Galp) cresceram 17,8% no trimestre de Junho a Agosto. No mesmo período, as importações de combustíveis cresceram 13,4%, num cenário em que o consumo deste bem tem vindo a diminuir em Portugal.

O INE também divulgou nesta quarta-feira o índice de novas encomendas na indústria, que acentuou a variação homóloga negativa. Em Agosto o índice registou uma queda de 2% (-1,7% em Julho), motivada pelo “comportamento do índice relativo ao mercado externo que passou de uma variação de -2,9% em julho para -5,5% em agosto”, refere o instituto. Ao mesmo tempo, as novas encomendas com origem no mercado nacional aumentaram 3,6%.

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