O PSD considerou nesta terça-feira que os dados da execução orçamental de Agosto revelam que "a despesa pública está controlada" e que será possível cumprir as metas com que o país se comprometeu.

"Os dados da execução orçamental do mês de Agosto tornados públicos evidenciam que o país está a cumprir os objectivos com que se tinha comprometido. O saldo orçamental melhora face ao mês anterior e estamos muito abaixo daquilo que é o limite negociado com a troika", afirmou o deputado do PSD Duarte Pacheco, em declarações aos jornalistas no Parlamento a propósito dos dados hoje divulgados pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO).

Segundo a DGO, o défice orçamental das administrações públicas atingiu os 4.794,8 milhões de euros até ao final de Agosto, contabilizado segundo os critérios da troika, o que representa uma melhoria de 424 milhões de euros face a Julho.

Num comentário aos dados revelados pela DGO, o deputado social-democrata destacou que os números demonstram que "a despesa está controlada", com despesa com pessoal a subir menos do que o previsto e a aquisição de bens e serviços também em queda.

"O Governo está a fazer o seu trabalho, está a conter a despesa pública", salientou.

Por outro lado, continuou o deputado do PSD, do lado da receita, "os portugueses estão a fazer sacrifícios" e "a receita está em linha com o que estava previsto".

"Consequentemente, achamos que é possível cumprir as metas com que o país se comprometeu e esperamos também que isso seja reconhecido pelas organizações internacionais", acrescentou Duarte Pacheco.

Questionado sobre uma eventual revisão das metas do défice, o deputado social-democrata reconheceu que "os dados do mês de Agosto são dados animadores", mas advertiu que "as incertezas são permanentes".

"Até ao final do ano existem muitos riscos, as incertezas são permanente e embora esses dados nos possam deixar a expectativa que as metas venham a ser alcançadas, certezas só mesmo no final do ano, é prematuro estar desde já a falar sobre qualquer revisão da meta deste ano", disse, escusando-se igualmente a falar sobre a possibilidade de rever o IVA na restauração, remetendo essa análise para o Orçamento do Estado para 2014.