Itália vende quase seis mil milhões de euros em dívida com ligeira subida nos juros

Juros da dívida italiana a longo-prazo mantêm-se praticamente inalterados no primeiro leilão desde que Mario Monti anunciou a intenção de se afastar como líder do Governo.

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Mario Monti, primeiro-ministro de Itália Mikko Stig/AFP

Os juros cresceram de forma ténue em ambos os prazos. Nas obrigações a dez anos, o Tesouro italiano registou uma subida de juros para os 4,48%, quando comparados com os 4,45% atingidos no último leilão de Novembro. Já os títulos a cinco anos aumentaram dos 3,23% de Novembro para os 3,26% nesta sexta-feira.

A Reuters afirma que o leilão desta sexta-feira mostra uma “resposta sólida” dos investidores à incerteza política que se vive na Itália depois da demissão da semana passada de Mario Monti. Já a Bloomberg afirma que a manutenção das taxas de juro indica que os investidores esperam que Mario Monti se transforme de “tecnocrata para político”, referindo-se às declarações do primeiro-ministro demissionário, que diz estar pronto para liderar uma coligação nas eleições italianas de Fevereiro.

Mostra desta estabilidade está o facto de a procura ter aumentado no leilão desta sexta-feira, o primeiro de dívida a longo-prazo desde que Monti anunciara a intenção de se afastar do Governo, no dia 8 de Dezembro.

Apesar de o Tesouro italiano não ter conseguido atingir os 6000 milhões de euros que tinha como tecto máximo para este leilão, a procura foi de 1,47 vezes o valor da oferta, maior, portanto, do que a procura de Novembro, que superou 1,18 vezes a oferta.

Na quinta-feira, Itália já conseguira colocar 8500 milhões de euros em bilhetes de tesouro com a maturidade de seis meses. No leilão de ontem, os juros para a dívida a curto prazo desceram para os 1,34%, para o mínimo registado em Março deste ano. 

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