Bruxelas confiante no regresso da Irlanda aos mercados

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Amadeu Altafaj Pedro Cunha/arquivo

A Comissão Europeia mostra-se confiante quanto à situação económica na Irlanda, depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter revisto em baixa as previsões de crescimento do país, e diz que Dublin deverá regressar aos mercados primários de dívida como previsto.

Apesar da turbulências nos mercados bolsistas e da degradação do sentimento económico na Irlanda, Bruxelas acredita que o país, o segundo a ser intervencionado com um plano de assistência externa, reúne “as condições” para voltar a financiar-se nos mercados primários de dívida, disse Amadeu Altafaj, porta-voz do comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Olli Rehn.

Altafaj sublinha que a Comissão é “prudente” nas declarações, mas frisa ao mesmo tempo que, no caso da Irlanda, Bruxelas está “particularmente optimista”.

“Neste caso particular, podemos contactar os benefícios de uma aplicação completa do programa de austeridade”, justificou.

A última avaliação da troika que acompanha a aplicação do memorando de entendimento (Comissão, Banco Central Europeu e FMI) deu, em Julho, nota positiva ao cumprimento das medidas do plano de ajustamento financeiro negociado em Novembro último com Dublin. Mas o FMI veio esta semana alertar que a agitação nos mercados financeiros este Verão e o menor crescimento da economia global poderão influenciar negativamente a capacidade de crescimento da economia irlandesa.

Para este ano, a instituição liderada por Christine Lagarde cortou a estimativa de crescimento económico para 0,4 por cento (contra 0,6 por cento inicialmente apontados) e de 1,5 por cento para o próximo ano (contra 1,9 por cento projectados anteriormente).

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